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Entregue à municipalidade novo sistema de saneamento da Beira

Foi feita, quinta-feira, a entrega provisória, à municipalidade, do novo sistema de saneamento da cidade da Beira, numa cerimónia testemunhada pelo presidente do conselho municipal local, Daviz Simango, o director nacional de águas, Jaime Matsinhe, e o adido da delegação da União Europeia em Moçambique, Alexandre Serres, entre outros convidados.

 

 

A entrega definitiva deverá ocorrer no espaço de 2 meses, período reservado a testagem da qualidade das obras, estando o empreiteiro sujeito a todo tipo de notificação durante esse prazo.

“Portanto, nessa fase em que nos encontramos o empreiteiro está sujeito a todo tipo de notificação, todo tipo de correcção, de modo que se respeite aquilo que está prescrito no contrato e no próprio projecto executivo da obra” – revelou Dav iz Simango, Edil da Beira.

O presidente do município apelou aos autarcas a receberem esta obra que custou muito dinheiro, muito sacríficio por parte de muitas populações que nem sequer conhecem a cidade da Beira, mas contribuíram com os seus recursos para que de facto a cidade da Beira tivesse um sistema de saneamento funcional e que possa salvar vidas.

“Quando afirmamos salvar vidas, significa quando melhor tivermos o sistema de saneamento, melhor probabilidade temos de nos aliviar a doenças oportunistas” – explicou, reiterando o apelo aos munícipes para que saibam cuidar e utilizar o sistema, de modo a encorajar aqueles que tem nos apoiado.

A empreitada custou cerca de setenta milhões de euros financiados pela União Europeia em parceria com o governo de Moçambique, estando enquadra na política do governo moçambicano de redução da pobreza e na meta dos objectivos do milénio.

O adido da delegação da União Europeia em Moçambique, Alexandre Serres, referiu trata-se de um projecto que tem uma forte dimensão na componente infra-estruturas, nomeando a reabilitação da rede de drenagem pluvial assim como de esgotos residuais e da estação de tratamento de água.

“Também tem uma dimensão de reforço institucional muito importante à municipalidade da Beira, em particular na ampliação do serviço autónomo do saneamento da urbe” – ajuntou, para quem de hoje em diante se espera um impacto positivo na vida das populaçoes da cidade da Beira.

Serres afirmou ainda cabe agora a municipalidade e os serviços autónomos de saneamento da Beira realizar a devida manutenção e gestão financeira para assegurar a sustentabilidade de todo investimento realizado.

Por seu turno, o director nacional de Águas, Jaime Matsinhe, instou o empreiteiro a estar sempre por perto até a entrega definitiva da obra.

Por outro lado, Matsinhe referiu o grande desafio agora é fazer com que essas obras se transformem no benefício da população da Beira, realçando que as mesmas tiveram custos avultados e a sua operacionalidade também exige custos consideráveis.

“Isso significa, a parte operacional todos nós temos que contribuir, para que a operação e manutenção do sistema tenha a sustentabilidade necessária e a duração do próprio sistema seja garantida”.

Matsinhe que representava o governo moçambicano na cerimónia, explicou o sistema exige cuidados muito grandes, não pode receber objectos estranhos se não vai ficar bloqueado, e se isso ocorrer significa todos os problemas que foram objectos desse esforço voltarão a verificar-se.

“Portanto, mais uma vez apelo a população e todos os residentes da Beira para que cuidem bem do sistema, para que saibam valorizar todo o trabalho realizado, para que continue a servir a população para qual todo o investimento feito é justamente para o seu benefício” – concluiu.

Refira-se, entretanto, a obra iniciada em Setembro de 2007 envolveu quatro lotes, nomeadamente (1) limpeza e inspecção da rede (164 Kms) e renovação dos colectores por meios não intrusivos (64Kms); (2) construção da estação de tratamento de águas residuais; (3) substituição de condutas primárias e secundárias (10Kms); e (3) reabilitação de postos de bombagem (11), estações elevatórias (4) e saídas para o mar (6).

Das quatro lotes, falta ainda concluir a lote 2, referente a construção da estação de tratamento de águas residuais. O objectivo global do prjecto visa o aumento da cobertura do saneamento, melhorar a qualidade da saúde pública e ambiente da população abrangida pelo projecto.

A cidade da Beira, com mais de cem anos de existencia, tem pouco mais de meio milhão de habitantes, sendo a cobertura de saneamento em 2007, antes do início do projecto, era de 19.7 por cento. Não foi revelada a actual cobertura.

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