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Energia eólica pode suprir quase 20% da demanda global até 2030, segundo um estudo

A capacidade instalada de energia eólica pode crescer 530 por cento, ou para dois mil gigawatts (GW), até 2030, fornecendo até 19 por cento da electricidade global, afirmou o relatório de uma associação comercial e do Greenpeace, esta terça-feira (21).

Segundo o documento, a capacidade instalada de energia originada pelos ventos totalizou 318 GW em todo o mundo no final do ano passado e gerou cerca de três por cento da electricidade global. Esta capacidade deve aumentar noutros 45 GW, para um total de 363 GW, neste ano.

Em algumas partes do mundo, especialmente na Europa, há pessoas que vêm se opondo à energia eólica por causa dos subsídios do governo, que elas afirmam ter contribuído para um aumento crescente nas contas de energia.

Mas Steve Sawyer, chefe-executivo do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), disse: “A energia eólica tornou-se a opção menos custosa quando acrescenta uma nova capacidade à rede eléctrica num número cada vez maior de mercados, e os preços continuam a cair”.

O GWEC, que representa 1.500 geradores de energia eólica, contempla o amanhã desta indústria em 2020, 2030 e 2050 em três situações tendo por base a redução de emissões actual e futura e as políticas de fomento à energia renovável.

Baseada em previsões da Agência Internacional de Energia, a entidade afirmou que a capacidade instalada cumulativa de energia eólica pode chegar a 611 GW até 2020 e a 964 GW até 2030.

No panorama “moderado” do relatório, ancorado em políticas de energia renovável existentes e supondo que a redução de emissões definida no próximo ano em Paris nos termos de um acordo climático global seja modesta, a capacidade eólica instalada pode chegar a 712 GW até 2020, a 1.500 GW até 2030 e a cerca de 2.670 GW até a metade do século.

Isso significa que a energia eólica pode suprir de 7 a 8 por cento da demanda de electricidade global até 2020, de 13 a 15 por cento até 2030 e de 17 a 20 por cento até 2050.

No cenário mais “avançado”, baseado em taxas de crescimento mais ambiciosas e supondo que um acordo climático global mais robusto seja aprovado, a capacidade eólica pode alcançar 800 GW até 2020, quase 2 mil GW até 2030 e mais de 4 mil até 2050.

O documento identificou Brasil, México e África do Sul como áreas para um novo crescimento na energia eólica. O Brasil deve instalar quase 4 GW só neste ano. O relatório está disponível na íntegra em www.gwec.net/.

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