Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Empresários dos distritos do Norte do país sem financiamento bancário

Empresários baseados nos distritos das províncias do Niassa, Cabo Delgado e Nampula afirmam estar a enfrentar dificuldades para obter financiamentos bancários por a maioria daquelas regiões não dispor de qualquer instituição bancária em pleno funcionamento.

Dados apurados esta quinta-feira pelo Correio da manhã junto do Banco de Moçambique (BM) indicam que dos 52 distritos daquelas três províncias nortenhas do país apenas 14 dispõem de balcões de bancos activos.

A título de exemplo, dos 15 distritos da extensa província nortenha do Niassa, apenas três têm dependências de bancos comerciais, enquanto Cabo Delgado tem abertos quatro balcões em igual número de distritos. Esta província tem 18 distritos.

Na província nortenha de Nampula estão abertos sete balcões em igual número de distritos, de um total de 19 distritos, havendo em todo o país uma cobertura de instituições bancárias em apenas 58 dos actuais 128 distritos existentes no país.

Roubos

Entretanto, os mesmos empresários do Norte de Moçambique queixam-se também do recrudescimento de casos de roubo na região e do aumento de acções de fiscalização por brigadas das direcções provinciais de Finanças, Trabalho e Saúde, “em número elevado de constituintes e sem coordenação”, segundo consta de um documento da Antena Norte da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).

Esta agremiação esteve reunida há dias, em Nampula, para auscultar e identificar os problemas dos seus membros enfrentados na actividade empresarial diária, constando ainda no documento apresentado casos de aplicação de multas sem o empresário ter recebido um aviso ou informação dos problemas detectados.

A falta de financiamento bancário é, particularmente, sentida durante campanhas de comercialização da castanha de caju. Como solução dos problemas levantados, o encontro sugeriu a organização de um encontro alargado com todas as instituições bancárias para debate dos constrangimentos enfrentados e na aplicação do Regulamento da Lei Cambial.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts