O sector privado exige do Governo moçambicano a criação de um fundo de apoio ao ramo industrial para que os empreendedores nacionais possam competir em melhores condições no cada vez mais competitivo mercado da África Austral.
A solicitação foi feita esta quinta-feira em Maputo durante a cerimónia de lançamento do projecto de revisão e elaboração da Política e Estratégia Industrial. A facilidade de acesso a financiamento, matérias-primas a preços competitivos e redução de custos de transacção comercial são algumas preocupações que o sector privado nacional aponta como limitações para aumentar o seu nível de competitividade na região da África Austral.
No entanto, a revisão da política do sector, em marcha desde esta quinta-feira, pode tornar a indústria nacional mais activa, facto que deve ser dinamizado pelas oportunidades de negócios gerados pelas novas descobertas de recursos naturais estratégicos no mercado mundial, segundo Mubarak Razak, presidente do pelouro da Indústria na Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
Por seu turno, o ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, assegurou, na ocasião, que devido às descobertas de grandes reservas de carvão mineral, gás natural e mais fontes de produção de energia eléctrica no país, o seu Executivo está a pesquisar opções variadas para melhor conhecer as potencialidades do mercado, valor comercial dos recursos e analisar as potencialidades da sua utilização no país.
Parte dos resultados dos referidos estudos deverá constar da nova Política e Estratégia Industrial ora em revisão, salientou o governante. Refira-se que depois da agricultura e transporte, a indústria é o terceiro maior contribuinte no Produto Interno Bruto (PIB), participando com 11% para a produção global do país.
