Uma nova empresa agrícola de capitais sul-africanos, denominada “Envest Limpopo”, acaba de ser criada na localidade de Matuba, a cerca de quatro quilómetros da sede do distrito de Chókwè, na província de Gaza, Sul de Moçambique.
Nesta fase inicial, a empresa, cuja criação, Quarta-feira última, foi festejada de forma exuberante pela população local, está a trabalhar numa área de pouco mais de mil hectares, dedicando-se a produção de batata-reno, tomate e milho, tendo investido, até ao momento, mais de oito milhões de dólares norte-americanos.
A criação e o inicio de actividades daquela unidade produtiva, que actualmente emprega 273 trabalhadores, contribui de forma significativa não só na criação de novos postos de trabalho, como também na introdução de novas tecnologias que estão a ser usadas na produção e na melhoria da qualidade e quantidade de produção.
Os engenheiros agrónomos da empresa são citados pelo “Noticias” a revelarem que, com a introdução das tecnologias de ponta no processo produtivo, serão colhidos por hectare, cerca de oito toneladas de tomate, quatro de batata-reno e sete de milho.
A expectativa de comercialização, nesta fase, é de pouco mais de cinco mil toneladas de tomate, 800 de batata-reno e 500 de milho.
Com a entrada da “Envest Limpopo” prevê-se uma super produção no Chókwè, o que irá proporcionar uma grande concorrência na conquista de mercados em benefício do consumidor nacional e das exportações.
Peter di Klerk, director geral da empresa, disse que foram atempadamente acautelados, internamente, os mercados para a colocação da produção com destaque para os grandes centros comerciais sul-africanos e moçambicanos.
A instalação daquela unidade de produção agrícola foi antecedida de uma consulta às comunidades ao longo do ano de 2008, tendo resultado na aceitação daquele empreendimento que acabaria por ter o aval que lhe conferiu o arranque das actividades, em Janeiro de 2009.
“Tudo está a acontecer rigorosamente como estava previamente definido. Estamos a crescer de forma paulatina mas segura, com as comunidades que nos acolheram com todo o carinho, porque estavam cientes das vantagens que a presença da empresa irá representar doravante nas suas vidas”, disse di Klerk.
A previsão, segundo a fonte, é de, num futuro próximo, duplicar a área de cultivo numa perspectiva de se diversificar cada vez mais as culturas e, desta forma, contribuir para dar resposta aos anseios do governo no que toca ao aumento da produção de alimentos e reduzir a dependência em relação aos mercados externos.