A empresa indiana, Primus Agroproject Private, Ltd, está a investir cerca de três milhões de dólares norte americanos, na produção de feijões da espécie “Vigna Radiata”, conhecido por “Oloko” e Gergelim.
A maioria da produção destina-se aos mercados asiáticos. Praveena Kumar, gestor desta empresa, disse que na presente safra agrícola foram preparados e lavrados 150 hectares para a sementeira destas culturas.
“Numa primeira fase vamos fazer somente o feijão “Oloko” e Gergelim, que para além do mercado interno, se destinarão aos outros da Ásia, especificamente a Índia. Se a avaliação for positiva, avançaremos para as outras culturas como o feijão “Cute” e o milho”, disse Kumar citado pelo jornal “Noticias”.
O projecto de produção de feijões e cereais, que se desenvolve na região de Ampita, no posto administrativo de Namialo, distrito de Meconta, vai consumir cerca de três milhões de dólares norte-americanos.
A pretensão dos indianos investidores era explorar uma área de 300 hectares mas, o governo da província decidiu autorizar a ocupação de apenas 170 hectares, outrora pertencentes a extinta empresa de Algodão de Nampula.
“Estamos a tentar negociar com as comunidades para ver se a partir da próxima campanha agrícola, 2013/14, poderemos explorar a área dos 130 hectares requeridos pela empresa mas que foram reclamados pela população”, explicou Kumar.
São pouco mais de 260 camponeses da região de Ampita contestam a ocupação dos 300 hectares por parte de empresários indianos. Os mesmos alegam que o processo que levou à concessão do título de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT), não obedeceu aos trâmites legalmente estabelecidos.

