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Emergentes opõem-se a limites para controle de capitais

Países em desenvolvimento pressionaram fortemente este sábado contra tentativas de restringir a forma que gerenciam o fluxo de dinheiro que entra em suas economias de rápido crescimento, e disseram que são os países ricos que devem reconsiderar suas políticas.

A resistência aos limites nos controles de capital, um tema sensível para economias inundadas por fluxos de recursos inflacionários de países com baixas taxas de juros, como os Estados Unidos, é ampla entre os líderes financeiros de mercados emergentes durante uma reunião do Fundo Monetário Internacional neste fim de semana em Washington. “Nos opomos a qualquer diretriz, estruturas ou ‘códigos de conduta’ que tentem conter, diretamente ou indiretamente, as políticas adotados pelos países que enfrentam altas nos fluxos de capital volátil”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O FMI endossou neste mês o uso do controle de capitais, ferramenta que já foi considerada um anátema à política de livre mercado do Fundo, mas os países avançados querem estabelecer uma estrutura para monitorar as políticas adotadas pelos governos, abordagem da qual os emergentes discordam. “Ironicamente, alguns dos países responsáveis pela mais profunda crise desde a Grande Depressão, e que ainda têm de resolver seus próprios problemas estão ansiosos para prescrever códigos de conduta para o resto do mundo”, acrescentou Mantega.

O Brasil e outros países culpam a política de juro zero do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, pelo fluxo de dinheiro em suas economias, em busca de maiores retornos. Esse fluxo está impulsionando a inflação e apreciando as moedas dos países emergentes.

O G24, grupo de países em desenvolvimento, que inclui Brasil e Índia, fez um apelo ao FMI na quinta-feira para que mantenha “uma abordagem de mente aberta” ao gerenciamento de fluxos de capitais. O ministro das Finanças do México, Ernesto Cordero, disse que o controle de capitais deve ser usado somente em último caso. “Ainda bem que somente alguns poucos países estão considerando essas medidas”, disse.

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