Até finais de Março corrente, poderão ser reduzidos em cerca de metade os 10 requisitos exigidos no processo de realização de inspecção obrigatória de viaturas, automóveis e reboques, em Moçambique, segundo a Direcção-Geral do Instituto Nacional de Viação (INAV).
A medida, de acordo com Alfiado Sitoe, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INAV, tem em vista atrair mais operadores privados de transporte semicolectivo de passageiros a aderirem ao processo em curso desde um de Fevereiro de 2010, em Moçambique. SADC A redução deve-se a pressões exercidas pelos operadores do ramo que consideram de “muito exagerado e desajustado da realidade actual das estradas moçambicanas” o número de requisitos exigidos nas inspecções obrigatórias de viaturas. A preocupação foi, esta quarta-feira, apresentada à direcção do INAV pelos operadores do ramo durante um encontro destinado à auscultação dos mesmos sobre as inovações a operar naquele processo.
“Dadas as dificuldades enfrentadas na maior parte das vias de acesso e na importação de peças queremos que as inspecções de viaturas sejam feitas somente sobre sistemas de travões, estado de amortecedores, iluminação, pneus e alinhamento de direcção”, referiu Rogério Manuel, presidente da Federação Moçambicana dos Transportes Rodoviários (FEMATRO), salientando que a sua agremiação é pela implementação gradual daquele processo. “Deve se deixar de lado questões como pintura, vidros, ferrugem, entre outras, que podem ser corrigidas através de campanhas de educação cívica aos transportadores”, realçou Rogério Manuel, falando no encontro dos operadores dos transportes.
Em resposta, o PCA do INAV chamou, entretanto, a atenção dos presentes para o perigo que a redução dos requisitos vai trazer ao país, sustentando que a medida “pode impedir a circulação dos nossos carros nos restantes países da região Austral de África por representarem um atentado à segurança rodoviária”. Refira-se, entretanto, que desde Fevereiro foram abrangidas pela inspecção cerca de 2500 viaturas, das quais 13% foram reprovadas por deficiências mecânicas.
