Cerca de 520 famílias deverão ser deslocadas das suas actuais residências na região de Chitima para outros locais da província moçambicana de Tete, por forma a dar lugar à construção de uma nova mina de carvão mineral em 2014.
O reassentamento será feito com base nas “melhores práticas e baseado em directrizes da International Financial Corporation e do Banco Mundial”, garante fonte da Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC), firma de capitais britânicos que ganhou a licença de exploração da mina de Chitima.
No caso de se decidir pela construção de novas habitações, o projecto deve ser baseado em desenhos localmente aprovados por um comité que inclui autoridades locais e as pessoas afectadas, acrescenta fonte da firma.
O empreendimento deverá ocupar 24.375 hectares para albergar uma mina de carvão mineral e outras infra-estruturas de apoio como armazéns, escritórios, oficinas, áreas para trabalhadores e parte administrativa.
Entretanto, a construção da mina deverá ser antecedida de um estudo destinado à identificação e recolha de materiais arqueológicos, transferência de locais sagrados, como sepulturas, acções que vão ser desenvolvidas de acordo com tradições locais, segundo resultados preliminares do estudo do impacto ambiental do empreendimento, apresentado semana passada em Maputo.
Quando a mina começar a funcionar em pleno deverá ter uma capacidade de produção anual de cerca de 20 milhões de toneladas de carvão mineral destinado somente para exportação.