Sistemas de corrupção na atribuição de licenças de exploração para as áreas florestais de grande escala estão a pôr em causa um investimento futuro de cerca de 5,5 biliões de dólares norte americanos em Moçambique, segundo constatação de um estudo das empresas de consultoria Verde Azul e PPL Internacional.
O montante constitui o volume de investimentos a ser aplicado em 11 projectos do ramo florestal no país, com destaque para acções de captura de dióxido de carbono (CO2), no âmbito da mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a decorrer nos próximos cinco anos, de acordo ainda com o referido estudo em poder do Correio da manhã.
Os projectos esperam envolver comunidades locais abrangidas pelas florestas moçambicanas a serem exploradas, assim como iniciativas de rejuvenescimento das mesmas áreas, “preservação das espécies faunísticas protegidas”, salienta o mesmo estudo. Por outro lado, aquela pesquisa aponta ainda para a aplicação “ligeira” do regulamento de florestas por parte do Executivo de Moçambique, “isso porque o investimento neste ramo ainda é de baixo fluxo”. Refira-se que o volume médio actual de investimento do ramo de exploração de recursos florestais é estimado em 460,9 milhões de dólares norte-americanos.