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Em Lichinga, nova maternidade melhora atendimento

A sede do distrito de Lichinga, o posto administrativo de Chimbunila conta desde 17 de Janeiro, com uma maternidade. De raiz, a infra-estrutura, segundo os residentes, vai elevar o padrão de atendimento da população local, onde os serviços de parto estavam confinados numa única casa, numa província onde a mortalidade materna e infantil ainda se mostra muito alta, devido ao deficiente apetrechamento em equipamentos das unidades sanitárias e a qualidade das infra-estruturas.

 

Em mensagem feita na inauguração, as mulheres de Chimbunila acreditam que nos próximos dias o atendimento vai melhorar. Antes, a maternidade funcionava numa escola, não havendo ambiente apropriado para as mulheres darem luz. A separação entre o local de partos e a escola era feita por um pequeno murro, facto que afugentava várias mulheres.

 

Dinis Viegas, director provincial de Saúde, afirmou que a infra-estrutura vai engrossar a rede hospitalar do Niassa. A província conta com 137 unidades sanitárias das quais dois hospitais (Hospital Provincial de Lichinga – HPL e Hospital Rural de Cuamba – HRC), 46 centros de saúde e 89 postos de saúde. Para além disso, existem 42 postos da rede dos hospitais comunitários coordenados pela Comissão Diocesana da Igreja Católica.

Todas unidades sanitárias oferecem serviços curativos como HPL e HRC, que possuem serviços de especialidade de cirurgia, medicina, ginecologia e obstetrícia, pediatria e ortopedia. As unidades de saúde das sedes distritais têm condições de internamento com maternidades.

Financiado pela empresa florestal Chikweti Forests of Niassa, o empreendimento enquadra-se na responsabilidade social da companhia. “Este é mais um contributo da nossa empresa no desenvolvimento do distrito de Lichinga”, disse Äsa Maria Tham, directora da empresa. Visivelmente satisfeito com a inauguração, o administrador do distrito de Lichinga, Juma Taratibo, afirmou que a obra resulta do diálogo tripartido entre o Governo Distrital, a Chikweti Forests e Comunidade.

Ao todo calcula-se que cerca de seis mil pessoas possam beneficiar da infra-estrutura. A Chikweti Forests of Niassa possui uma plantação de 330 hectares nas proximidades da sede do distrito de Lichinga desde 2007 e desenvolve campanhas contra as queimadas descontroladas. A construção da maternidade resulta do facto de não ter sido verificada nenhuma queimada nesta plantação em dois anos.

Em termos de número de habitantes por unidade sanitária, a cidade de Lichinga possui (17.748), o distrito de Cuamba (16.980), Mandimba (15.424), Marrupa (12.800), Mecanhelas (10.970), Ngaúma (10.326) e Maúa (10.304) estão acima da média provincial (9.009). O mesmo se verifica na relação camas por mil habitantes: é mais alta em Lichinga (1472) e nos distritos de Mavago (1345), Lago (0,706) e Ngaúma (0,678), relativamente à média provincial (0,606).

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