O Chefe da Brigada Central da Frelimo para a capital moçambicana, Maputo, Aiuba Cuereneia, disse hoje que este partido no poder não teme as outras formações políticas no país, considerando-as apenas adversárias.
Falando em conferência de imprensa realizada momentos antes de um encontro do Comité da Frelimo na cidade de Maputo, Cuereneia afirmou que a Frelimo encara os outros partidos políticos como adversários a enfrentar nos próximos escrutínios, designadamente as quartas eleições gerais e as primeiras provinciais agendadas para 28 de Outubro próximo. “A criação de novas formações politicas não é uma ameaça para nós. Faz parte de um processo democrático e nós respeitamos esses partidos como adversários”, disse ele, respondendo a uma pergunta sobre se a Frelimo não se sentia ameaçada com o surgimento de novos partidos no país, como é o caso do Movimento para a Mudança Democrática (MDM).
O MDM foi criado no passado mês de Fevereiro por uma facção dissidente da Renamo, ate aqui considerada a maior formação politica da oposição. O líder do MDM é o actual edil da cidade da Beira, Daviz Simango, expulso da Renamo em Agosto do ano passado. Na cidade de Maputo, a brigada central da Frelimo vai informar-se sobre os progressos socio-económicos e culturais da urbe, bem como participar na preparação das eleições internas do partido para a escolha dos seus candidatos a candidatos à deputados da Assembleia da República.
Segundo Cuereneia, esta selecção, a acontecer durante o período entre 20 de Maio até 27 de Junho próximo, vai iniciar nas células do partido, devendo terminar na sede do Comité da Cidade. O partido, a nível da cidade de Maputo, irá escolher 16 membros que vão concorrer a deputados na Assembleia da República, o parlamento moçambicano, obedecendo aos princípios de quotas para as mulheres, jovens e antigos combatentes.
As mulheres, por exemplo, têm uma quota de 30 por cento. Igualmente, na sua selecção, a Frelimo irá privilegiar o princípio de renovação (dos mandatos) numa quota de 40 por cento. “Também, vamos exortar a população a participar massivamente nas eleições e no recenseamento eleitoral para garantirmos a nossa vitória e implementarmos a nossa agenda de combate a pobreza”, disse Cuereneia.