Em decorrência da renúncia forçada dos presidentes dos municípios de Quelimane (Zambézia), Pemba (Cabo Delgado) e Cuamba (Niassa), terão lugar no dia 07 de Dezembro próximo as eleições autárquicas intercalares. Emiliano Moçambique, do Partido Humanitário de Moçambique, Tagir Carimo, da Frelimo, e Assamo Tique, do Movimento Democrático de Moçambique, são os candidatos a edil de Pemba. A Renamo já declarou que não irá participar.
Tagir Ássimo Carimo de 38 anos de idade, é natural de Balama, na província de Cabo Delgado, onde frequentou o ensino primário. Fez o ensino secundário e técnico-profi ssional em Montepuez e, mais tarde, ingressou no Instituto Industrial de Maputo.
Em termos de formação académica, Carimo é engenheiro técnico de construção civil na especialidade de edifícios e, actualmente, é estudante (finalista) do curso superior de Gestão de Turismo na Universidade Católica de Moçambique em Pemba.
A sua carreira e experiência profissionais começam na Administração do Parque Imobiliário do Estado (APIE) de Cabo Delgado a 18 de Abril de 1994, onde desempenhou as funções de chefe de Departamento Técnico até ao ano 2000, altura em que foi nomeado chefe dos Serviços Provinciais da APIE – cargo que ocupa até hoje. Ao todo, são 11 anos de direcção e chefia na Administração Pública.
Além disso, conta com uma passagem pelo Concelho Municipal da Cidade de Pemba no qual exerceu funções de vereador a tempo parcial para o Pelouro de Urbanização, Construção e Infra-estruturas, de Meio Ambiente e Saneamento do Meio e, mais tarde, o de Finanças.
Percurso político
Casado e pai de três filhos, Tagir Carimo é membro da Frelimo desde 2001 e da Organização da Juventude Moçambicana – braço juvenil do partido Frelimo. No mesmo ano foi eleito membro do Comité do Partido da Cidade e reeleito em 2006. Dois anos mais tarde (2008), foi eleito membro da Assembleia Municipal da Cidade de Pemba.
Como membro da OJM, foi eleito membro do Conselho Provincial da OJM de Cabo Delgado em 2005 e no mesmo ano foi delegado à V Conferência Nacional da OJM realizada em Maputo, tendo sido eleito membro do Conselho Central daquela organização juvenil, função que desempenhou até princípios do ano em curso (2011) e cessou as funções por ultrapassar a faixa estatutária dos 36 anos de idade. Mas acabou por ser eleito ao cargo de Presidente do Conselho de Jurisdição Provincial da OJM de Cabo Delgado.
Nas eleições autárquicas de 2003 na cidade de Pemba, foi-lhe confiada a missão de director de Campanha da Frelimo e do candidato a edil, e a de director do Centro de Propaganda nas eleições presidenciais e multipartidárias de 2004.
Visão
Nascido a 01 de Janeiro de 1971, Tagir Carimo vai representar o partido Frelimo na corrida à direcção do município de Pemba. Ele foi eleito com 44 votos, correspondente a mais de 50 porcento exigido para a aprovação do candidato, durante uma sessão do partido naquela cidade.
Ciente dos inúmeros problemas que a cidade atravessa, Carimo pretende fazer da terceira maior baía do mundo um verdadeiro pólo de desenvolvimento económico e social. Ao assumir a proposta para o candidato da Frelimo para o município de Pemba nas eleições autárquicas intercalares de 07 de Dezembro, fá-lo com o comprometimento de terminar com o manifesto eleitoral apresentado em 2008.
As inquietações dos munícipes, dentre as quais as questões relacionadas com o saneamento e limpeza urbana, degradação das vias de acesso, conflito de uso e aproveitamento do solo urbano, abastecimento de água, defi – ciente consulta e atendimento públicos, serão as prioridades do candidato da Frelimo em caso de vitória.
Assamo Tique, natural de Pemba, nasceu a 20 de Setembro de 1973. É enfermeiro de formação. Já foi funcionário do Ministério da Saúde e, presentemente, trabalha em programas de ajuda às comunidades. Desconhece-se o potencial deste candidato na capital de Cabo Delgado, mas sabe-se que ingressou nas fi leiras da Frelimo e, mais tarde, em 2009, juntou-se ao Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Visão
Assamo Tique diz que conhece profundamente os problemas de Pemba. O seu objectivo, no caso de ser eleito, é transformar Pemba numa referência e fazer com os munícipes tenham orgulho da sua cidade. Ao assumir a proposta para o candidato do MDM para o município de Pemba nas eleições autárquicas intercalares de 07 de Dezembro, fá-lo com o comprometimento de mudar radicalmente a urbe. Já que, no seu entender, “há uma inércia generalizada”.
As inquietações dos munícipes, dentre as quais as questões relacionadas com o saneamento e limpeza urbana, degradação das vias de acesso, confl ito de uso e aproveitamento do solo urbano, abastecimento de água, defi ciente consulta e atendimento públicos, serão as prioridades do candidato do MDM em caso de vitória.
Emiliano Moçambique, de 50 anos de idade, é natural da Maganja da Costa, província da Zambézia, onde fez o ensino primário, preparatório e, mais tarde, foi fazer o ensino secundário na cidade de Quelimane.
Após concluir os estudos, regressou à terra natal e começou a trabalhar no distrito da Maganja da Costa como técnico de rede, na altura era guarda- fi os, e conseguiu uma vaga nas Telecomunicações de Moçambique (TDM) e mudou-se para Quelimane. Em 1998, pediu uma transferência para a cidade de Pemba e, em Outubro do ano passado (2010), foi reformado.
Percurso político
Casado, pai de sete filhos (quatro dos quais encontram-se a frequentar o ensino superior) e funcionário reformado das TDM, Moçambique reside em Pemba há 13 anos. Nascido a 13 de Fevereiro de 1961, estreia-se na política como um simples simpatizante da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e, mais tarde, da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo). Quando surgiu o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), ponderou fi liar-se, o que não veio a acontecer.
Em 2009, o seu vizinho Cornélio Quivela – actual presidente do partido – apresentou-lhe a ideia da criação do Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO). Emiliano Moçambique não se fez de rogado tendo aceitado o desafio. Sem muito tempo a perder, realizaram a primeira Assembleia Constituinte na qual foram escolhidos todos os membros directivos, tendo ficado com a responsabilidade de membro da Comissão Política Nacional.
Visão
Emiliano Moçambique é a aposta do PAHUMO – o primeiro partido criado no norte do país, mas com sede em Maputo – para as eleições municipais intercalares de 7 de Dezembro na cidade de Pemba. Na terceira maior baía do mundo, esta força política funciona nas residências dos membros, uma vez que não dispõe ainda de um espaço próprio.
Em relação à sua candidatura, Moçambique não tem dúvida que será o próximo edil de Pemba e explica que o facto que o leva a concorrer é o seu partido ter constatado que na primeira legislatura os presidentes dos municípios não foram de acordo com os anseios e as preocupações dos munícipes. “Nós nascemos para modifi car a imagem desta cidade”, diz.
Apesar de o mandato ser relativamente curto, o partido defi niu como prioridade o combate ao fecalismo a céu aberto ao longo da beira-mar, lixo, erosão da orla marítima e ordenamento dos bairros. Além disso, também o saneamento e água potável merecerão atenção.