O Egito ampliou o estado de emergência por dois meses, esta Quinta-feira (12), devido à situação de emergência, informou a Presidência do país em comunicado. O mais populoso dos países árabes enfrenta turbulências políticas desde a deposição pelo Exército do presidente islâmico Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, a 3 de Julho.
Semana passada, o ministro do Interior sobreviveu a uma tentativa de assassinato no Cairo. O governo impôs o estado de emergência, que inicialmente teria um mês de duração, a 14 de Agosto. O anúncio desta Quinta-feira estende o prazo da ordem, que tem validade sobre todo o país, até meados de Novembro.
As forças de segurança egípcias têm reprimido a Irmandade Muçulmana. Protestos de membros do grupo foram dispersados com violência, centenas de integrantes do grupo foram mortos e os seus líderes foram detidos.
O governo apoiado pelas Forças Armadas, que também impôs um toque de recolher, acusa os líderes da Irmandade de incitar a violência. Ataques de militantes contra as forças de segurança na região da península do Sinai também passaram a ocorrer com mais frequência desde a deposição de Mursi.