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China vai reduzir uso de carvão e fechar fábricas poluidoras

A China apresentou, esta Quinta-feira (12), abrangentes novas medidas para reduzir a poluição atmosférica, o que inclui reduzir o consumo de carvão e fechar fábricas, usinas e fundições poluentes.

Os especialistas disseram, porém, que o cumprimento das metas ambiciosas será um grande desafio. A China está sob intensa pressão para combater a poluição desde Janeiro, quando uma espessa camada de fuligem encobriu grande parte do industrializado norte do país, incluindo Pequim.

O governo também tenta enfrentar uma possível fonte de insatisfação popular, uma vez que a população urbana, cada vez mais rica, volta-se contra um modelo económico que prevê o crescimento a qualquer custo, mas degrada o ar, a água e o solo. A China publicou o plano no site do governo (www.gov.cn), prometendo também aumentar o uso da energia nuclear e do gás natural. Os ambientalistas saudaram o plano, mas foram cépticos sobre a sua implementação.

“As metas de redução do consumo para áreas industriais são um bom sinal de que eles estão a levar a poluição atmosférica e a saúde pública mais a sério, mas para fazer essas metas acontecerem o plano de acção é um pouco frustrante, e há buracos”, disse Huang Wei, activista do Greenpeace em Pequim.

A China já teve dificuldades anteriores para conseguir a adesão das províncias e dos empresários às medidas anti-poluição, e o novo plano prevê poucas regras concretas para fortalecer a fiscalização e as punições aos infractores.

“Não vemos quaisquer mudanças estruturais, e esse poderia ser um potencial risco nos esforços da China para cumprir a sua meta de reduzir a PM 2,5”, disse Huang, referindo-se ao plano chinês para reduzir em 25 por cento até 2017 os níveis de um importante indicador da poluição atmosférica em Pequim e províncias próximas.

O carvão, responsável por mais de três quartos da matriz energética da China, já foi identificado como um dos factores a serem mais combatidos. O objectivo do governo é reduzir o consumo total desse combustível fóssil de 66,8 por cento no ano passado para 65 por cento até 2017.

Grupos ambientalistas esperavam que o plano de acção incluísse metas detalhadas para a redução do uso de carvão em cada região, mas aparentemente caberá às províncias definirem isso entre si.

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