A força aérea do Egipto bombardeou alvos do Estado Islâmico na Líbia, esta segunda-feira (16), um dia depois de o grupo radical ter publicado um vídeo que mostra a decapitação de 21 egípcios no país vizinho, marcando uma escalada na batalha do Cairo contra os militantes.
Foi a primeira vez que o Egipto confirmou ter realizado ataques aéreos contra a facção na Líbia, o que mostra que o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, está disposto a ampliar a sua luta contra a militância islamita para além das fronteiras do Egipto.
Cairo declarou que a ofensiva da madrugada, da qual a força aérea líbia também participou, atingiu campos, locais de treinamento e áreas de armazenamento de armas do Estado Islâmico na Líbia, onde um conflito civil mergulhou a nação quase na anarquia.
Um comandante da força aérea líbia disse que de 40 a 50 militantes foram mortos no ataque. “Há baixas de indivíduos, munição e de centros de comunicação do Estado Islâmico”, afirmou Saqer al-Joroushi à televisão estatal egípcia.
“Mais ataques aéreos serão realizados hoje e amanhã em coordenação com o Egito”, disse. Os 21 egípcios mortos, que eram cristãos coptas e tinham ido à Líbia em busca de trabalho, foram levados a uma praia, forçados a ajoelharem-se e decapitados no vídeo, transmitido através de um site que apoia o Estado Islâmico.
Antes das execuções, um dos militantes apareceu com uma faca na mão dizendo: “A segurança é algo com que vocês, cruzados, só podem sonhar”.