O avião da Força Aérea moçambicana acidentado na sexta-feira(13) em Quelimane, tentou uma aterragem de emergência após perder os dois motores, mas ficou a cerca de cem metros da pista, informaram as autoridades militares.
“Dados preliminares apontam a falha técnica como a principal causa do acidente”, assinala um comunicado enviado pelo Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), adiantando que o Antonov AN-26 ficou sem o primeiro motor logo após a descolagem, ao início da tarde de sexta-feira, tendo a tripulação decidido retornar ao aeroporto de Quelimane, capital da província da Zambézia. “A cem metros da pista falhou também o segundo motor e desta forma a aeronave não alcançou a pista, facto que obrigou a uma aterragem forçada”, descreve o comunicado.
As primeiras informações sobre o acidente, prestadas no sábado à Lusa por fonte do Ministério da Defesa, apontavam para a queda do avião de carga devido à falha de um motor.
Do acidente, segundo o comunicado das autoridades militares moçambicanas, resultou um ferido ligeiro, entre os seis tripulantes, que foi socorrido no local e está em “franca recuperação”.
O avião tinha como destino Cuamba, na província de Niassa, e transportava mantimentos para as vítimas das cheias que, desde meados de Janeiro, afectam mais e 170 mil pessoas no centro e norte de Moçambique.
O Antonov AN-26 encontra-se numa zona que permanece alagada nas proximidades do aeroporto, avançou no sábado à Lusa o director dos Transportes da Zambézia, a província mais atingida pelas inundações. Elementos de uma comissão de inquérito, entretanto criada pelas FADM, estão desde sábado em Quelimane para investigar as causas do acidente.