Diferente do inicialmente previsto, o impacto da depressão tropical identificada por Bingiza fez-se sentir ligeiramente na Província de Sofala, onde o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) previa a ocorrência de chuvas moderadas a fortes (30 a 50 mílimetros em 24 horas). Desde anteontem, ontem e esta madrugada a zona costeira da Província de Sofala, principalmente a Cidade da Beira, apenas registam pequenas correntes de ventos e chuva miúda, que não tem causado qualquer tipo de preocupação à vida das populações que prossegue normalmente.
A Electricidade, Água e Telecomunicações que geralmente tem sofrido interrupções quando há registo de depressões tropicais neste ponto do País, desta vez não foram afectados. Não há igualmente sinais de perturbação no ensino, tanto nos cursos nocturno como diurno.
A Costa Moçambicana, entretanto, está a ser atingida pela pela depressão tropical agora considerada ex- Bingiza, que se encontrava ontem sobre o Canal de Moçambique, com ventos de 50 quilómetros por hora. Previa-se que o sistema fosse se intensificar ainda ontem dentro do Canal de Moçambique e a sua influência esperava-se que provocasse chuvas moderadas a fortes nas províncias costeiras de Sofala (Centro) e Inhambane (Sul).
No passado dia 14 de Fevereiro o ex-Bingiza atingiu a costa nordes-te de Madagáscar, na condição de Ciclone Tropical, tendo a força dos ventos provocado desabrigo a pelo menos 2.663 pessoas e danificado oitenta porcento das casas da cidade de Manararanorte – segundo informaram agências internacionais. A tempestade chegou a atingir ventos de 180 quilómetros por hora e a categoria 3 na escala Saffir-Simpson de classificação de furacões.
Apesar dos seus efeitos se considerarem agora diminutos no canal e zona costeira de Moçambique, o INAM mantém a vigilância sobre o fenómeno e apela às autoridades marítimas para a observância de medidas preventivas tanto para a navegação marítima como para as áreas em risco.