Operadores privados nacionais deverão entrar na exploração da Central Térmica de Ressano Garcia (CTRG) em construção naquela região da província meridional de Maputo, através da aquisição de parte dos 51% de acções detidas pela empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM).
O empreendimento está avaliado em cerca de 250 milhões de dólares norte-americanos a serem investidos via banca comercial em obras de construção da central pela EDM e a Sasol New Energy, sul-africana, a ficar com os restantes 49% de acções da CTRG, segundo o engenheiro Augusto Fernando, presidente do Conselho de Administração (PCA) da EDM.
A central começará a produzir energia, em 2014, “de melhor qualidade e garantir fornecimento normal sem interrupções mesmo nas horas de ponta”, segundo Fernando, especifi cando que numa primeira fase o principal benefi ciário será a zona Sul de Moçambique numa quantidade estimada em cerca de 175 megawatts.
Esta região consome uma média de 60% das necessidades energéticas do país estimadas em cerca de 650 megawatts, segundo ainda o PCA da EDM que estima em cerca de 20% o nível de crescimento da demanda de energia em Moçambique para viabilizar vários empreendimentos socioeconómicos e para abastecimento de fogos habitacionais espalhados por todo o país.
O ministro da Energia, Salvador Namburete, que dirigiu a cerimónia de lançamento da primeira pedra de construção da Central Térmica de Ressano Garcia, na última quinta-feira, disse que este empreendimento irá contribuir para a redução do défi ce energético que se regista no país e nos países vizinhos. Realçou a seguir que com a futura operacionalização da espinha dorsal da linha de transporte de energia Tete/ Maputo, a energia desta nova central térmica irá entrar no sistema integrado nacional de abastecimento deste recurso dentro e fora do país.
Neste momento o abastecimento é feito através de energia produzida pela HCB, mas chega em quantidades reduzidas para as necessidades do país por estar a ser enviada pela ESKOM da África do Sul.