As ligações clandestinas e a vandalização das infraestruturas da rede eléctrica lesaram a empresa Electricidade de Moçambique (EDM) um total de 398,7 milhões de Meticais (mais de 13 milhões de dólares norte-americanos), durante o primeiro semestre de 2011.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da EDM, Manuel Cuambe, 380 milhões de meticais resultam das ligações clandestinas e consumos ilegais nas instalações e 18,7 milhões estão associados a danificação e vandalização das infra-estruturas.
Por isso, disse Cuambe, a EDM vai apostar, ao longo deste segundo semestre, na redução dos níveis de perdas de energia não técnicas na rede de distribuição de energia eléctrica. Cuambe falava, Quarta-feira, na Matola, a margem da Reunião de Prestação de Contas ao Conselho de Administração pelos Centros de Negócios e Suporte da EDM.
Durante o período em análise, a EDM atingiu um volume de facturação total na ordem de 1.454 Giga watts/hora, dos quais 1.201 Gigawatts/hora correspondem a facturação interna e os restantes 254 Gigawatts/hora de exportação.
Cuambe revelou, ainda, que durante o semestre passado foi alcançado um acordo com a Hidroeléctrica de Cahora Bassa para a alocação adicional de 100 megawatts para os projectos de electrificação do país totalizando uma reserva actual de 500 megawatts.
“No global construí-se mais de 800 quilómetros de Linhas de média tensão e instalados novos postos de transformação para o reforço e expansão do sistema de distribuição da EDM”, explicou.
Para além de apostar na redução das perdas de energia, neste segundo semestre, a empresa pretende igualmente assegurar o fornecimento de energia de boa qualidade e melhorar a prestação do serviço comercial.
Uma outra aposta importante tem a ver com a conclusão do estudo técnico e económico de viabilidade e de impacto social e ambiental do projecto da Linha Tete-Maputo.