A empresa pública moçambicana de distribuição de electricidade (EDM) aumentou, em 65 por cento, as vendas de energia durante o período 2005-2008.
Segundo um informe do Presidente do Conselho de Administração (PCA) da EDM, Manuel Cuambe, as vendas de energia eléctrica aumentaram de 2.749,2 milhões de meticais (um dólar norteamericano equivale a cerca de 26,5 meticais), em 2005, para 4.536,4 milhões de Mt, em 2008.
Citado num comunicado de imprensa da EDM, cuja copia a AIM teve acesso, Cuambe refere que “duma situação de prejuízos que, em 2005, foram de 155,2 milhões de Mt, a empresa teve, em 2007, um lucro de 4,4 milhões de Mt, prevendose para 2008 um lucro de cerca de 37,6 milhões de Mt”. O PCA da EDM disse ainda que, em apenas dois anos (2006-2008), o número de beneficiários da energia eléctrica no país subiu em mais de 1,2 milhão de pessoas.
Este sucesso foi alcançado graças ao aumento da taxa de electrificação que sete passaram para 12 por cento durante o período em análise. Neste mesmo período, o número médio de novas ligações foi de aproximadamente 92 mil. Para os próximos anos, a EDM diz ter o desafio de electrificar todos os 128 distritos do país. Actualmente, apenas 80 sedes distritais recebem energia eléctrica da rede nacional de energia.
Do plano da empresa consta também o desafio de melhorar a qualidade, fiabilidade e segurança do fornecimento de energia. Igualmente, a EDM pretende melhorar a prestação dos seus serviços aos clientes, por via da modernização dos sistemas de informação, o que passa, necessariamente, pela implementação do sistema integrado de gestão.
Cuambe falou também da aposta da sua empresa em reduzir as perdas não técnicas de energia (perdas associadas aos telinforma 15.04.09 pag.3 roubos de energia, fraudes nas instalações, viciação dos contadores, entre outros). Aliás, as ligações clandestinas e perdas não técnicas de energia são responsáveis por um prejuízo directo da empresa em valores acima de 240 milhões de Meticais.
Só o roubo e vandalismo de infraestruturas de transporte e distribuição de energia eléctrica, incluindo material de iluminação pública, resultaram num prejuízo directo em mais de 168 milhões.
Assim, a empresa entende ser oportuno consolidar as diversas acções de combate a estas práticas com vista a reduzir o seu impacto no desempenho global da instituição.