Devido à insuficiência de unidades sanitárias na cidade de Nacala-Porto, as autoridades municipais, em parceria com o sector da Saúde, estão a implementar um projecto denominado “Hospital Móvel nas Comunidades”, com vista a prestar assistência médica às populações das zonas mais recônditas, que têm percorrido longas distâncias para o efeito.
O programa, que iniciou nos princípios deste mês, está a ser executado por uma equipa constituída, para além de alguns responsáveis municipais que velam pela área de saúde, por um médico doutor generalista, dois técnicos médios de medicina geral, e igual número de profissionais de Saúde Materno Infantil (SMI), que serão envolvidos, essencialmente, na triagem quinzenal a adultos, mulheres grávidas, e crianças das mencionadas comunidades.
Numa primeira experiência, a equipa trabalhou na comunidade de Lile, que dista cerca de 12 quilómetros da cidade, onde não existe qualquer unidade sanitária próxima.
Chale Ossufo, presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nacala- Porto, disse à nossa reportagem que a medida tem por objectivo garantir que as populações tenham próximo de si serviços básicos de saúde, enquanto se espera que a edilidade reúna condições para a construção de mais unidades sanitárias, de acordo com das principais apostas inscritas no manifesto eleitoral autárquico.
Segundo a fonte, para que a equipa envolvida neste projecto trabalhe com eficácia, o seu executivo está a envidar todos os esforços para adquirir equipamento móvel destinado a facilitar o rastreio da malária e de outras doenças, assegurando uma correcta administração medicamentosa.
Temos um plano para a construção de mais unidades sanitárias em algumas zonas distantes do município. Mas, enquanto esperamos que as infraerstrututras sejam construídas, decidimos criar este programa de Hospital Móvel nas Comunidades, que possibilita que as populações façam as suas consultas sem serem obrigadas a percorrer longas distâncias.
Revelou Chale, acrescentando que, além deste projecto, a sua instituição está envolvida na construção de um anexo ao Hospital Geral da Nacala, que se chamará “Casa Mãe Espera”, e que se destina acomodar as mulheres grávidas e respectivos acompanhantes, provenientes das zonas recônditas.
A ideia é de evitar que as parturientes que forem observadas e estejam em iminência de dar à luz, regressem às suas zonas de origem, onde não dispõem de cuidados médicos apropriados.
Associado a este projecto, encontrase em processo de instalação uma câmara frigorífica para a casa mortuária, com capacidade para a conservação de quatro corpos, tendo já sido concluída a construção de dois cacifos, avaliados em19 mil meticais.