Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Dubai não garante dívida do conglomerado Dubai World

O governo de Dubai não dará uma garantia à gigantesca dívida do conglomerado público Dubai World, afirmou o diretor do departamento financeiro do Emirado, Abdel Rahman Al Saleh. “É correto que o governo é o proprietário, mas como a empresa tem muitas atividades e está exposta a diferentes tipos de risco, decidimos desde o dia de sua criação que a companhia não teria a garantia do governo”, afirmou em uma entrevista a um canal de televisão.

“A Dubai World foi criada sobre bases comerciais e tratou com credores e investidores sobre esta base”, explicou, destacando que o conglomerado “obtinha seus financiamento com base em seu estatuto comercial e a rentabilidade de seus projetos”. Sendo assim, cabe aos credores assumir uma parte de responsabilidade por ter concedido créditos à companhia com base na rentabilidade destes projetos e não com base nas garantias do governo de Dubai.

Al-Saleh disse neste contexto que há uma grande confusão na mídia entre a Dubai World e o governo de Dubai”. Ele considerou “exagerada” e “injustificada” a reação negativa dos mercados ao anúncio do governo de uma reestruturação do Dubai World e de um pedido de uma moratória de ao menos seis meses da dívida deste conglomerado.

Defendeu esta medida que, segundo ele, é a longo prazo do interesse de todas as partes envolvidas. “É uma decisão sábia que atende aos interesses de todas as partes no longo prazo, mesmo que elas seja, a curto prazo, inoportunas para alguns”.

Dubai anunciou na quarta-feira passada a intenção de pedir aos credores do Dubai World, que controla principalmente a gigante do setor imobiliário Nakheel, uma moratória de seis meses, até 30 de maio, do pagamento de uma dívida de 3,5 bilhões de dólares de obrigações islâmicas que expiram em 14 de dezembro.

As bolsas de Dubai e Abu Dhabi desabaram nesta segunda-feira, no primeiro dia útil após a crise da dívida, com baixas de 7,3% e 8,3% respectivamente.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!