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DPEC aponta a crise mundial como a causa principal

A questão de não pagamento de horas extraordinárias aos professores um pouco pela província é um assunto que não sai da boca dos professores que se consideram lesados.

Em quase todos os encontros que estes têm tido com qualquer dirigente deste país, não perdem a oportunidade em abordar o assunto. Há sempre justificação por parte dos governantes sobre este problema.

Em diversas ocasiões, o sector de educação alegou que está a fazer triagem para ver de facto quem é o professor que deve receber este valor e quantas horas extras teve durante um certo ano lectivo.

Não está sendo fácil esta triagem, ou seja, ainda vai levar muito tempo pelos vistos. Mas enquanto isso, há novos detalhes sobre este problema.

É que, última terça-feira, em Morrumbala sede, numa reunião com funcionários públicos daquele distrito, o director provincial de Educação e Cultura José Luís Pereira, trouxe este novo detalhe sobre o não pagamento de horas extras aos professores.

“O atraso na alocação do orçamento geral do estado, contou muito para que não pagássemos as horas extras”- disse Pereira, para depois acrescentar que “A crise mundial que afectou o mundo e país, fizeram com que nós (educação), redimensionássemos o nosso orçamento”-disse o DPEC na Zambézia.

Para fazer valer mais esta sua tese, Pereira acrescentou que “a compra de trigo, combustível que o país fez, contou também o sector de educação”-frisou a fonte.

Mas mesmo assim, Pereira diz que há esforços para resolver este problema, mas isso não é assim de ânimo leve. Dai que conforme explicou o director Pereira, há um esforço no seio do sector para que com o orçamento deste ano, sejam saldadas todas dívidas concernentes a este processo.

A dado passo a fonte explicou que as horas extras foram pagas até Junho do ano passado, portanto, 2010, mas também não em todos distritos da província.

Itai tem outra versão

Já interpelado o Governador da Zambézia, quando saia da sala de encontro com os funcionários, deu uma outra versão. É que Itai Meque, não olha assim como o seu director Pereira que a crise mundial terá afectado o pagamento de horas extras.

Na óptica do chefe do executivo da província, há muitos factores que contribuíram para o não pagamento deste valor aos professores.

De acordo com Meque, a questão de horas extras é delicada, dai que o governo tem estado a ver com detalhes quem é de facto tem direito de receber as horas extras.

“Reconhecemos que estamos a dever os professores, mas também não podemos pagar a qualquer um”-rematou o Governador, para depois sublinhar que “há esforços no seio do governo para resolver uma vez por todas esta questão”-disse.

Quando questionado se também tinha a mesma visão de que a crise mundial seria o motivo principal de não pagamento de horas extraordinária aos professores, Itai Meque, negou e disse que não é essa a visão dele, mas está convicto de que o governo vai pagar ainda dentro do exercício deste ano. A ser assim, então quem fala verdade?

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