Pelo menos 12 moçambicanos morreram este ano devido a acidentes de trabalho ocorridos em diversas minas da vizinha África do Sul. Estes moçambicanos fazem parte de um total de 90 mineiros de diferentes nacionalidades que perderam a vida este ano nas minas da África do Sul, segundo a edição de Quarta-feira do jornal “Notícias”.
O delegado do Ministério moçambicano do Trabalho naquele país, Custódio Cuna, considera estes números de preocupantes, apesar da tendência apontar para uma redução de fatalidades em acidentes nas minas, nos últimos anos.
Por causa disso, diversas vozes sulafricanas, incluindo da sociedade civil, exigem que as companhias mineiras e os demais intervenientes façam algo para cortar o mal pela raiz, de modo a evitar o agravamento da situação.
De 2005 a 2009, 54 mineiros moçambicanos na África do Sul perderam a vida devido a acidentes de trabalho. Entretanto, Custódio Cuna mostrou-se satisfeito com a assistência prestada pelas companhias mineiras em caso de morte por acidente de trabalho, o que acaba sendo determinante para a diminuição do sofrimento que geralmente se abate sobre as famílias dos finados.
“O problema continua a ser a demora que se regista no desembolso dos benefícios devidos aos familiares e dependentes. Há um grande número de documentos que se requerem e que muitas vezes não é fácil de tratar porque as famílias vivem em zonas rurais, onde não é fácil obtê-los”, disse a fonte.
Cuna disse que a sua instituição tem apelado as companhias mineiras para agilizarem todos os procedimentos quando se trate de morte de um mineiro, o que nos últimos tempos tende a ser cumprido.