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Dossier Eduardo Mondlane – Outros Eduardos célebres

Luanda e Bissau reforçam laços

Eduardo VII, do Reino Unido, antes de sua ascensão ao trono, foi Príncipe de Gales e possui a distinção de ter sido o herdeiro aparente do trono por mais tempo que qualquer um em toda a história britânica. O seu reinado, chamado de Período Eduardiano, viu o primeiro reconhecimento oficial do ofício de primeiro-ministro. Eduardo VII, filho da rainha Vitória, ganhou fama e reputação de playboy na juventude. Mesmo depois do casamento com a princesa Alexandra da Dinamarca, manteve casos com várias amantes, entre as quais a atriz Lillie Langtry e a socialite Jennie Jerome (mãe do primeiro-ministro Winston Churchill). Outras amantes foram: Daisy Greville, Condessa de Warwick, a atriz Sarah Bernhardt, a dançarina La Belle Otero e a filantrópica Agnes Keyser. A sua última amante “oficial” foi a cortesã Alice Keppel (Eduardo mantinha relações com Keppel e Keyser simultaneamente). Alexandra permitiu que Alice permanecesse à cabeceira da cama de Eduardo (que solicitou isso escrevendo num papel), no leito de morte em 1910. Há rumores de que Alice era uma das poucas pessoas que sabiam como lidar e como pôr um fim às mudanças imprevisíveis de humor do príncipe. Como rei, os principais interesses de Eduardo VII foram os negócios navais e militares. Fluente em francês e em alemão, fez várias visitas a bordo (França, Alemanha e Rússia). A 6 de Maio de 1910, Eduardo VII foi acometido por uma Bronquite. Fumou o último cigarro do dia e começou imediatamente a sofrer ataques cardíacos, falecendo às 11:45 da noite no Palácio de Buckingham. Eduardo VII foi um bom sucessor da rainha Vitória, mas apenas reinou por nove anos. Acabou por garantiu que o seu filho e sucessor, Jorge V, estivesse melhor preparado para assumir o trono. O seu corpo está enterrado na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor.

José Eduardo dos Santos nasceu em Luanda, a 28 de Agosto de 1942. Engenheiro de petróleos por formação, José Eduardo dos Santos assumiu a presidência de Angola após a morte do seu antecessor, Agostinho Neto, em 1979. É casado com Ana Paula dos Santos, sendo presidente da República de Angola, é também comandante em chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA) e presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), o partido que sustenta o governo angolano. Após a eclosão da luta contra o colonialismo português, em 4 de Fevereiro de 1961, José Eduardo dos Santos abandonou Angola e passou a coordenar na segurança do exílio a actividade da Juventude do MPLA. Em Setembro de 1974, foi eleito membro do Comité Central e do Bureau Político do MPLA. Em Junho de 1975, passou a coordenar o Departamento de Relações Exteriores do MPLA. Cumulativamente coordena também o Departamento de Saúde do MPLA. Com a proclamação da Independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975, foi nomeado Ministro das Relações Exteriores. Mais tarde, foi 1º vice-primeiro Ministro e Ministro do Plano. Com o falecimento de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos sucedeu-lhe como Presidente do MPLA a 20 de Setembro de 1979 e investido no dia seguinte nas funções de Presidente da República Popular de Angola e Comandante-em-Chefe das FAPLA . De 1986 a 1992, José Eduardo dos Santos esteve envolvido na crise transfronteiriça na região, que culminaria no repatriamento do contingente cubano, na independência da Namíbia, e na retirada das tropas sul-africanas de Angola.

Constantemente pressionado pela comunidade internacional, Eduardo dos Santos concorreu às primeiras eleições presidenciais que tiveram lugar em Setembro de 1992, tendo sido o mais votado, num acto eleitoral fortemente contestado por elementos da oposição. Os resultados eleitorais não foram aceites por Jonas Savimbi, que reiniciou a Guerra Civil Angolana que terminou em 2002 com a sua morte e a assinatura dos acordos de paz no dia 4 de Abril do mesmo ano. Com a sua posse como Presidente da República, aumentaram os níveis de corrupção em Angola. Hoje em dia Angola encontra-se na lista dos países mais corruptos do mundo e com o menor índice de desenvolvimento humano, isto num país com um dos maiores crescimentos económicos do mundo. Nas eleições legislativas em Angola, em Setembro de 2008, o partido MPLA de Eduardo dos Santos venceu com 81,64% dos votos, obtendo 191 lugares de uma assembleia com 220 membros. José Eduardo dos Santos será “o candidato natural e único” do MPLA nas presidenciais previstas para 2009.

Eduardo Pitta é um poeta, escritor e ensaísta português. Nasceu em Lourenço Marques (Maputo) a 9 de Agosto de 1949, tendo vivido em Moçambique até Novembro de 1975. Escreve e publica desde 1967 tendo publicado entre 1974 e 2007 oito livros de poesia, um romance, uma trilogia de contos, quatro volumes de ensaio e crítica, e um diário veneziano. Em Fractura, ensaio sobre a homossexualidade na literatura portuguesa contemporânea. Colabora em publicações literárias de vária índole. Actualmente escreve crítica literária no jornal Público, e é colunista da revista LER. A seu respeito já se falou de timbre neo-expressionista, visão pulsional e agreste da existência, ritmo acelerado, pathos autobiográfico, triunfo do recalcado, narrador centrado na identidade sexual do sujeito e, last but not least, de hermenêutica gay. Alguma razão haverá. Mantém desde 2005 o blogue Da Literatura.

Eduardo White nasceu em Quelimane em 1963. É poeta e membro da Associação dos Escritores Moçambicanos – AEMO. É possivelmente a maior expressão da poesia africana de Língua Portuguesa da actualidade. Moderníssimo, kafkiano, os seus textos apontam para uma leitura poética metalinguística, ou seja, em que os poemas, ao engendrarem a si mesmos, contam, paralelamente, a história de seu povo (amores, sofrimentos, opressões, miséria, estigmas das guerras, etc.) e a história da própria linguagem literária. Algumas obras publicadas: Amar sobre o Índico (1984); Homoíne (1987); O país de mim (1989); Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser ave (1992); Os materiais do amor; O desafio à tristeza (1996); Janela para oriente (1999). A mais recente obra, já lançada este ano intitula-se O “A Fuga e a Húmida Escrita do Amor”(2009).

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