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Dondo regista fraco nível de reembolso

O nível de reembolso do Orçamento para Iniciativa de Investimento Local (OIIL), “vulgos sete milhõesde meticais”, está fraco no Distrito de Dondo, província de Sofala, Sul do país. 

Esta Informação, foi revelada pelo Administrador deste Distrito, Luís Domingos Tomosene, numa entrevista exclusiva concedida ao Diário do País naquele ponto de Moçambique. Segundo o administrador do distrito, em 2007, os sete milhões desembolsados para 65 projectos aprovados, apenas um porcento do valor é que foi reembolsado, ou seja, os mutuários devolveram 83. 840 meticais, e em 2008 1.13 por cento foi o nível de reembolso registado, nos sete milhões direccionados para cerca de 219 projectos aprovados e financiados, o que revela 122.117 meticais do valor devolvido.

 Para o nosso interlocutor, o nível baixo de reembolso do valor alocado aos mutuários deve se principalmente a falta de formação em matérias ligadas a gestão de projectos, por um lado, e por outro, os mutuários não têm informação suficiente sobre a necessidade de reembolsar o valor ora alocado. “Infelizmente os empreendedores deste distrito, até hoje não entendem que o valor deve voltar para os cofres do Estado no sentido de ajudar outros proponentes, as pessoas não entendem que o valor deve voltar”, lamentou Tomosene.

Face a esta situação, segundo Tomosene, o Governo distrital vai reforçar a capacitação dos proponentes em matérias ligadas a gestão de Micro-Projectos, bem como persuadir os mutuários com vista a que pautem por mais responsabilidade e honrando com as suas obrigações. Aliás, o Governo do distrito de Dondo não tenciona tomar medidas punitivas no sentido de reaver os fundos alocados aos mutuários que não honrarem com os seus compromissos mas, “se eles não reembolsarem o valor mesmo depois de termos ponderado para que criem condições de devolução, iremos recorrer à justiça através dos órgãos competentes”, rematou a fonte. Apesar do fraco nível de reembolso do OIIL, o distrito de Dondo conforme elucidou o administrador, está a conhecer novos níveis de desenvolvimento.

“No âmbito dos sete milhões de meticais alocados pelo Executivo central, com vista ao financiamento de projectos para produção de comida e geração de rendas, produzimos nos últimos dois anos, mais de 11 mil toneladas de produtos diversos, com destaque para mandioca e cereais, numa área de cerca de 20 hectares, frisou o administrador. Ainda na esteira desta entrevista, o administrador de Dondo, fez saber que para o presente ano, foram aprovados cerca de 141 projectos, sendo 55 para produção de comida e 86 para geração de renda e emprego, o que vai custar ao Estado sete mil e setecentos meticais.

“Vamos ter que intensificar a formação dos proponentes, precisamos de sensibilizá-los cada vez mais sobre a necessidade de entender que o governo não está a distribuir dinheiro, mas está ajudar cada um de nós a combater a pobreza”, recordou. Para Tomosene, os membros dos conselhos consultivos, também deverão voltar para o banco da escola, dado que maior parte destes não tem nível de escolaridade aceitável para fazer face às exigências que lhes são impostas pela realidade no terreno.

“Vários obstáculos que os proponentes têm, podem ser ultrapassados ainda na base, mas devido ao fraco nível de percepção da matéria por parte dos membros dos conselhos consultivos, com o agravante de não possuirem nível mínimo de escolaridade, esses obstáculos transcendem ao topo”, disse. Apesar de não ter apresentado dados referentes a presente ano, o Administrador do distrito de Dondo, afirmou que aquela parcela do país espera ultrapassar a produção agrícola dos últimos dois anos.

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