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Donald, os 80 anos do pato mais bondoso e mais mau-carácter da Disney

Mais de 200 longas-metragens em 80 anos é um recorde do qual poucos se podem orgulhar e um deles é Donald Fauntleroy. Mas poucos saberão que por trás desse nome está nada menos do que o Pato Donald, um dos personagens mais populares da Disney, que esta semana comemorou mais um aniversário.

Criado pelo desenhadora Dick Lundy, a 9 de Junho de 1934, o personagem de Donald apareceu pela primeira vez em “A Galinha Esperta”, uma curta-metragem de oito minutos de duração dentro da série “Silly Simphonies” (1929-1939), na qual eram misturados todos os personagens da Disney.

Naquela primeira aparição, Donald era só um personagem secundário, mas conquistou a audiência desde o primeiro minuto, devido principalmente à quase ininteligível voz que lhe proporcionou Clarence Nash, que seria o seu dublador durante 51 anos, até a sua morte.

Pato Donald (Donald Duck) já se vestia com uma camisa marinheira azul e usava boina e gravata borboleta vermelha, elementos que sempre o acompanharam. Era, isso sim, um pouco mais alto e com os pés maiores do que finalmente ficaram após mudanças realizadas em 1937 e que estabeleceram definitivamente o seu aspecto.

Nos seus primeiros anos de vida, continuou a ser um convidado nas aventuras de outros personagens mais famosos, como Mickey Mouse, e partilhou protagonismo com Pluto, mas em 1937 e após a sua remodelação, estreou “Don Donald”, a primeira curta-metragem no qual era a estrela principal.

Nessa primeira aventura sozinho, apareceu a sua namorada Daisy, que com os seus sobrinhos Huguinho, Luizinho e Zezinho ? que fariam a estreia um ano mais tarde ? o seu tio Patinhas ? criado em 1947? formam a família de patos da Disney, que vivem em Duckburg.

E em paralelo às curtas-metragens, Donald saltou às tiras diárias de histórias em quadrinhos em 1938 pelas mãos do ilustrador Al Taliaferro, vinhetas que chegaram a ser publicadas em 322 jornais diferentes.

No final dos anos 40, Donald superou em popularidade Mickey – o seu grande rival no universo Disney– e, dado o volume de trabalho que gerava, as ilustrações repartiam-se entre vários desenhadores, como Carl Barks e Jack Hannah, que se ocuparam das histórias nos Estados Unidos.

Mas também houve contribuições de outros países, como a Itália, onde o desenhador Romano Scarpa, se encarregou de Donald para o editorial Mondadori e desenvolveu o Superpato Donald.

A primeira longa-metragem no qual Donald participou foi “O dragão relutante” em 1941, mas os seus dois filmes mais conhecidos são “Saludos Amigos”, um filme de 1942 ambientado na América do Sul, e “The three caballeros” (1944), um clássico da Disney no qual o pato se transfere para Brasil e México.

Donald também apareceu em 1988 em “Uma cilada para Roger Rabbit”, que combina personagens reais com desenhos criados e que foi uma conquista no momento de sua estreia.

Como dados curiosos, em 1995 um asteróide foi baptizado como Pato Donald e em 2004 conseguiu a sua estrela na calçada da Fama de Hollywood, uma honra que partilha com outros personagens como Bugs Bunny, Mickey Mouse, Branca de Neve e Shrek.

Além disso, Donald é o protagonista de várias séries de videogames, entre as quais se destaca “Kingdom Hearts”, nos quais vence os seus inimigos com magia.

E como prova da popularidade que segue, em 2013 foram vendidas 80 milhões de cópias das suas revistas, que contam com edições locais em 16 países da Europa, o Médio Oriente e África, segundo os dados da Disney.

Tudo isso para um personagem com aparência velha e um mal-humorado dificilmente controlável, que é o alvo ideal das brincadeiras de todos os seus amigos.

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