Dois cidadãos moçambicanos, que trabalhavam na mina de Aurora Grootley, na vizinha África do Sul, perderam a vida enquanto aguardavam, numa fila, o pagamento do seu salário semanal.
As circunstâncias da morte dos dois mineiros moçambicanos, cuja identidade ainda não foi apurada, são pouco claras e, até certo ponto, estranhas. O porta voz do Sindicato dos Mineiros da África do Sul, Lesiba Seshoka, citado pela Rádio Moçambique, estação pública, acredita que a morte dos dois moçambicanos pode ter resultado do facto dos mesmos terem ingerido agua contaminada, devido à falta deste recurso em condições para o consumo humano naquela mina.
Segundo o interlocutor, a mina de Aurora Grootley não possui as mínimas condições para os mineiros. “O local não tem energia, não tem comida para os mineiros e nem tão pouco tem água potável. A água que bebiam era contaminada”, detalhou. Os responsáveis do Sindicato dos Mineiros da África do Sul garantem que estão a estabelecer todos os contactos no sentido de enviar os corpos dos malogrados para Moçambique.
A referida mina é gerida pelo neto de Nelson Mandela, Zondwa Mandela e pelo sobrinho do Presidente Jacob Zuma, Khulubuse Zuma, e, de acordo com o Sindicato dos mineiros, estão enfrentar dificuldades para manter o empreendimento em funcionamento, uma vez que não conseguem encontrar investidores. Tais dificuldades estão a resultar no atraso dos salários dos mineiros.