Os investigadores mexicanos estão a interrogar um ex-ministro da Defesa e um general suspeitos de ligações com o narcotráfico, em mais um escândalo que envolve militares de alta patente no meio da “guerra às drogas” iniciada há cinco anos.
Os soldados detiveram, Terça-feira, o general da reserva Tomas Angeles Dauahare e o general Roberto Dawe González, que foram entregues à unidade policial de combate ao crime organizado, segundo as autoridades.
Angeles Dauahare foi o número 2 das Forças Armadas e como tal teve participação importante na mobilização militar contra traficantes, ordenada pelo presidente Felipe Calderón logo depois da sua posse, em 2006. Dauahare aposentou-se em 2008.
Dawe González continua na activa. Ele comandava uma unidade de elite do Exército em Colima (oeste), e a imprensa disse que anteriormente ocupou cargos em Estados violentos, como Sinaloa e Chihuahua.
Um funcionário da Procuradoria-Geral mexicana disse, sob anonimato, que os generais passarão vários dias detidos para interrogatórios, e poderão depor à Justiça.
Se eles forem condenados por narcotráfico, será o mais sério caso de corrupção militar durante o governo de Calderón.