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Dois estrangeiros entre os nove mortos no atentado em restaurante na Índia

Nove pessoas, entre elas um italiano e um iraniano, morreram no sábado à noite na explosão de uma bomba num restaurante na cidade indiana de Pune (oeste), o primeiro atentado que aparentemente visa a estrangeiros depois dos ataques em Mumbai em 2008 atribuidos por Nova Délhi a um grupo islamita do Paquistão.

A explosão também deixou 60 feridos e aconteceu num pequeno restaurante frequentado pela população local e muitos turistas, o “German Bakery”, situado próximo de um centro cultura e religioso gerenciado por judeus ortodoxos do movimento Loubavitch. O atentado ainda não foi reivindicado e nenhuma pessoa foi presa por envolvimento com o ataque, informou a polícia local. “Foi um ataque terrorista. Enviamos a Pune uma equipe da CBI (Agência Central de Investigações, siglas em inglês) para averiguar as circunstância do ataque”, declarou na véspera o ministro do Interior indiano G.K. Pillai.

O ministro também informou que a explosão ocorreu quando um funcionário do local abriu um pacote que parecia abandonado sobre um mesa. Este é o primeiro ato de terrorismo importante desde os atentados de Mumbai, em novembro de 2008, realizados por membros do grupo islamita Lashkar-e-taiba, e que causaram 166 mortos, entre os quais 25 estrangeiros, e mais de 300 feridos.

Este domingo, o primeiro-ministro paquistanês Yusuf Raza Gilani condenou o atentado da véspera na Índia e manifestou sua vontade de diálogo com o país vizinho. “Condenamos o terrorismo em todas as suas formas e manifestações. Desejamos manter boas relações com a Índia e que as discussões sejam frutíferas”, acrescentou.

O ministro do Interior paquistanês, P. Chidambaram, não quis especular sobre a autoria do atentado de sábado. “Nós não excluímos nada”, limitou-se a comentar. Durante a semana passada, o Paquistão anunciou que a retomada do diálogo com a Índia ao nível de altos funcionários das Relações Exteriores acontecerá em 25 de fevereir, em Nova Délhi, mais de um ano depois da interrupção do processo de paz por causa dos atentados de Mumbai.

No início de fevereiro, a Índia propôs ao Paquistão iniciar discussões ao nível de secretários das Relações Exteriores. Os secretários das Relações Exteriores são os funcionários de maior escalão de ambos ministérios, mas não são ministros nestes dois países vizinhos dotados de armas nucleares, que já se enfrentaram em três guerras desde sua independência em 1947. A Índia e o Paquistão iniciaram um diálogo de paz no início de 2004 que ajudou a diminuir a tensão entre os dois rivais asiáticos, principalmente em relação à disputa da região da Caxemira.

No entanto, este diálogo foi interrompido depois dos ataques cometidos pr de homens armados em Mumbai, que a Índia atribuiu ao grupo militante Lashkar-i-Taiba, cuja sede se encontra no Paquistão. Este comando matou 166 pessoas.

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