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Doenças respiratórias matam mais de 3.300 pessoas no centro e norte de Moçambique

Pelo menos 3.302 pessoas morreram devido a doenças respiratórias, sobretudo asma brônquica e tuberculose, entre 2013 e 2015, nos hospitais moçambicanos, informou a ministra da Saúde, Nazira Abdula, num encontro com especialistas sobre a matéria, na segunda-feira (03), na capital moçambicana.

Desses óbitos, 1.597 ocorreram nos hospitais centrais de Maputo, da Beira e de Nampula, num universo de 101.484 pacientes.

Os hospitais provinciais registaram 818 óbitos de um total de 19.170 doentes internados, padecendo de enfermidades igualmente de doenças respiratórias, enquanto nas unidades sanitárias gerais houve 887 mortes, de um universo de 27.948 internamentos.

No período em análise, o Ministério da Saúde (MISAU) registou cerca de 149 mil casos.

A tuberculose, por exemplo, é ainda considerada uma das maiores causas de morbilidade entre milhões de pessoas, a cada ano, e “tornou-se na doença mais mortífera” entre os indivíduos vivendo com o HIV/SIDA, em todo o mundo, disse a governante.

A tuberculose, que é um problema de saúde pública, e a asma bronquial constituem a maior preocupação do sector de saúde e do governo.

Dados apresentados em Março último, por ocasião do Dia Mundial de Combate à Tuberculose, indicam um aumento de 18 porcento de doentes de enfermidade.

Em 2016, as autoridades de saúde registaram 73.572 infecções, contra 61. 559, no ano anterior. As crianças não escapam deste mal. Pelo menos 9.283 delas foram contaminadas, em 2016, contra 6.559, em 2015.

Esta segunda-feira, Nazira Abdula disse que Moçambique faz parte dos 30 países que possuem alta taxa de tuberculose associada ao HIV/SIDA e resistente a medicamentos. Anualmente, ocorrem 154 mil novas infecções, o que constitui uma preocupação.

Aliás, aquando da celebração do Dia Mundial de Combate à Tuberculose, o MISAU avançou que no ano passado o país conheceu uma subida de casos tuberculose resistente a medicamentos. Os 646 casos registados em 2015 aumentaram para 911, em 2016.

Nazira Abdula falava em Maputo, na abertura do primeiro Congresso da Associação Respiratória de Língua Portuguesa (ARELP). O evento, que visa aprofundar conhecimentos sobre a matéria em questão, reúne especialistas de Moçambique, Portugal Angola, Brasil e Cabo Verde.

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