A dívida pública moçambicana, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), baixou de 74,2%, em 2005, para 32%, em 2011, segundo o Banco de Moçambique (BM), sublinhando que a situação torna a mesma dívida “sustentável e abre espaço para novos empréstimos”.
Tais empréstimos estão a ser contraídos para alavancar novos projectos e infra-estruturas, segundo a mesma instituição, realçando que a queda do nível da dívida pública moçambicana em cerca de 42,2% surge numa altura em que a dívida soberana de muitos países, particularmente, europeus, está a constituir “factor de preocupação e objecto de severas restrições”.
A redução da dívida é vista pelo BM como estando associada ao trabalho que está em curso visando tornar o Orçamento do Estado “cada vez menos dependente de recursos provenientes do exterior”, cuja disponibilidade e acesso, num ambiente de crise financeira internacional, se torna mais difícil.
É resultante deste trabalho que o peso da ajuda externa no Orçamento do Estado “regrediu consideravelmente nos últimos cinco anos”, para os actuais que estão em torno dos 40%, compensado pelo aumento da arrecadação da receita que, em percentagem do PIB, passou de cerca de 15%, em 2006, para os actuais 22%.
O banco central moçambicano sublinha que este é “um claro sinal da performance da nossa economia real” e também da melhoria da máquina fiscal, sem se descurar a cidadania dos contribuintes.
Frisa-se, entretanto, que, em 2011, o investimento directo estrangeiro atingiu a cifra recorde de 2100 milhões de dólares norte-americanos em diferentes sectores de actividade económica, destacando-se os sectores de exploração mineira, energia, turismo e agricultura.
