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Distinguido projecto de produção de Etanol em Sofala

A BiofuelsDigest, uma revista internacional da especialidade, distinguiu um projecto de produção de etanol em Moçambique, implementado pela companhia CleanStar Mozambique no distrito de Dondo, província central de Sofala.

Trata-se de um projecto que visa apoiar cerca de duas mil famílias a incrementarem a produção de culturas alimentares, incluindo a mandioca, para a produção de etanol. Este álcool será utilizado na cozinha em fogões apropriados comercializados pela mesma empresa.

A BiofuelsDigest atribuiu o seu Prémio Edição Especial 2012 (categoria de tecnologia sustentável) a este projecto da CleanStar Mozambique – um projecto que se afirma um negócio integrado de alimentação, energia e protecção florestal e que conta com investidores e parceiros africanos, australianos, europeus e norte- americanos.

A publicação sublinha que os fumos resultantes do uso da lenha e de fogões op- erados a diesel são perigosos para a saúde dos jovens nos países em desenvolvimento – e o projecto da CleanStar Mozambique visa, em parte, reduzir a emissão de fumos para a atmosfera.

“O ar de má qualidade não é tão publicitado quanto os vírus, como se diz, – mas é tão perigoso a longo prazo como muitas doenças bem publicitadas”, indica o comunicado de imprensa da BiofuelsDigest sobre esta distinção.

“Os combustíveis limpos podem ajudar – sobretudo nas áreas rurais onde a electrificação é um sonho – a longo prazo, e a desflorestação é um problema não apenas para o meio ambiente, mas também para as crianças que têm de percorrer distâncias mais longas todos os dias para a recolha de lenha”, refere o comunicado.

Orçado em nove milhões de dólares americanos, este projecto, que deverá criar cerca de mil novos empregos até 2014, também inclui a expansão da rede de distribuição de combustível da CleanStar para cobrir cerca de 80 mil clientes em Maputo.

Estima-se que cada um destes fogões a etanol irá reduzir a emissão de gases com efeitos de estufa em aproximadamente oito toneladas por ano, comparativamente aos fogões a carvão vegetal. Por isso, este negócio irá ajudar na redução das emissões nocivas que concorrem para as mudanças climáticas.

A CleanStar Mozambique diz que ajuda a transição dos camponeses moçambicanos da agricultura de subsistência baseadas no desmatamento e queimadas para uma abordagem de agricultura de conservação que produz excedentes de culturas sustentáveis e impulsiona os seus rendimentos.

A companhia irá providenciar in- sumos agrícolas e assistência técnica aos camponeses envolvidos no projecto e posteriormente compra todos os produtos excedentários.

A mandioca excedentária será transformada em etanol, farinha e alimentos para frangos; enquanto os excedentes de feijões, sorgo, soja, leguminosas serão processados e embalados para serem comercializados em diversas cidades moçambicanas.

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