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Disputa sobre sionismo aprofunda racha entre ex-aliados Israel e Turquia

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o seu homólogo turco, Tayyip Erdogan, de fazer uma declaração “escura e falsa” ao chamar o sionismo de crime contra a humanidade, um comentário que deve prejudicar os esforços para reparar os laços entre os dois antigos aliados.

A declaração do primeiro-ministro turco, feita numa reunião da ONU em Viena, Quarta-feira, também foi condenada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que a considerou “dolorosa e divisiva”, e pela Casa Branca.

O chefe do principal grupo de rabinos da Europa a chamou de um “ataque de ódio” contra os judeus. “Assim como o sionismo, o anti-semitismo e o fascismo, tornou-se impossível não ver a islamofobia como um crime contra a humanidade”, disse o primeiro-ministro turco no fórum Aliança de Civilizações da ONU, de acordo com relatos da mídia turca.

Os laços entre Israel e Turquia, de maioria muçulmana, estão prejudicados desde 2010, quando nove turcos foram mortos por comandos israelitas que invadiram um navio que transportava ajuda aos palestinos em Gaza.

Nas últimas semanas, tem havido uma série de relatos na imprensa turca e israelitas sobre os esforços para reparar as relações, incluindo uma reunião diplomática de alto nível no início deste mês em Roma e a transferência de equipamentos militares.

Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelitas disse que Netanyahu “condena veementemente a declaração (de Erdogan) sobre o sionismo ea  sua comparação com o fascismo”.

O movimento sionista foi a principal força por trás da criação do Estado de Israel. “Este é um pronunciamento escuro e falso, do tipo que nós pensávamos ter passado à história”, disse Netanyahu, segundo o comunicado divulgado, Quinta-feira. A chancelaria turca não estava imediatamente disponível para comentar as críticas do primeiro-ministro israelita.

Pinchas Goldschmidt, rabino-chefe de Moscovo e chefe da Conferência de Rabinos Europeus, disse que as críticas de Erdogan a sionismo remontam ao anti-semitismo.

“Este é um ataque ignorante e odioso sobre o povo judeu e contra um movimento que tem a paz no seu núcleo, que relega o primeiro-ministro Erdogan ao nível de Mahmoud Ahmadinejad (presidente iraniano) e dos líderes soviéticos que usaram o anti-sionismo como um eufemismo para o anti-semitismo”, disse Goldschmidt em comunicado enviado por email.

A Casa Branca também condenou a declaração. “Nós rejeitamos a caracterização do primeiro-ministro Erdogan do sionismo como um crime contra a humanidade, o que é ofensivo e errado”, disse o porta-voz da Casa Branca Tommy Vietor em comunicado.

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