Parceiros externos de Moçambique acabam de garantir um financiamento estimado em cerca de USD 299,1 milhões para apoiar o programa de produção de hortícolas e cereais até 2017 para a segurança alimentar da população.
O valor está a ser gasto na produção de tomate, milho, arroz, feijões e batata-reno. A aplicação deste pacote acontece numa altura em que cerca de USD 200 milhões estão a ser usados no desenvolvimento de três pacotes tecnológicos de novas variedades da semente de arroz melhorada para aumento dos níveis de produção e redução do défice do cereal estimado em perto de 316 mil toneladas.
Numa primeira fase, o projecto está a ser desenvolvido nas zonas baixas das províncias da Zambézia e Sofala que representam cerca de 90% de um total de 200 mil hectares da área cultivada de arroz no país, prevendo-se a sua expansão para as províncias de Nampula, Cabo Delgado e região Sul de Moçambique, segundo apurou o Correio da manhã de fonte adequada do Ministério da Agricultura (MINAG).
Basicamente, os três pacotes tecnológicos irão compreender o uso intensivo de fertilizantes e herbicidas e ainda uso intensivo do sistema de irrigação, estando prevista ao longo do período da implementação do projecto a celebração de contratos com empresas especializadas na certificação da qualidade da semente.
A nova variedade de arroz só estará disponível para os camponeses a partir de 2017, altura em que o país prevê produzir cerca de 1,1 milhão de toneladas de semente melhorada deste cereal, contra a produção actual de 309 mil toneladas, volume muito abaixo do nível de consumo anual dos moçambicanos estimado em 600 mil toneladas do produto.