Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Disparidade salarial desencadeia divergência entre reitoria e docentes

A Universidade Mussa Bin Bique em Nampula está atravessar momentos de grande tensão, envolvendo docentes e a direcção, afectando o normal funcionamento da instituição.

Dentre as várias causas, aponta-se a alegada descriminação no processo de nomeação para os cargos de chefias e no tecto salarial, além da falta de instalações condignas e de material adequado para o pleno exercício das actividades académicas.

Fontes anónimas que denunciaram o facto ao nosso jornal, referiram que alguns funcionários afectos no departamento de Recursos Humanos, com o grau de bacharelato, auferem salário correspondente ao nível médio, enquanto a um simples funcionário estrangeiro, sem qualificações académicas é atribuído um salário muito superior.

Revelaram, ainda, que alguns docentes contratados recentemente auferem salários idênticos aos discentes que, há mais de cinco anos, execem actividade naquela instituição de ensino superior. A título de exemplo, citaram dois docentes recém graduados por aquela instituição nos cursos de Ciências Agrárias, que foram contratados para a actividade de docência a tempo parcial e auferem o mesmo salário dos efectivos, a tempo inteiro. Uma carta de reivindicação endereçada à Inspecção Provincial do Trabalho, a que o nosso jornal teve acesso, denuncia a contratação de um cidadão de nacionalidade egípcia, de nome Mohamade All Moattar, que ocupa um cargo de chefia, para o qual se presume não possuir as necessárias habilitações profissionais.

O mesmo documento refere-se a dois docentes que, apesar de sistemáticas ausências da faculdade, não sofrem qualquer desconto salarial. Contactado pelo Wamphula Fax, Mohamade All Moattar disse estar a trabalhar na UMBB mercê de um contrato legal, rubricado entre sile e a reitoria daquela universidade, com conhecimento dos Ministérios da Educação e Cultura, e dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, bem como da Embaixada do Egipto em Moçambique.

Anteriormente trabalhava na Embaixada do Egipto, em Maputo, mas logo que esse vínculo chegou ao fim, acedi ao convite que me foi dirigido pela UMBB para desempenhar as funções na instituição. Esclareceu All Moattar, refutando as propaladas acusações de estar a trabalhar de forma ilegal na UMBB.

Por seu turno, Hamim Assane Hassam, vice-reitor da UMBB, confrontado, também, sobre o assunto, refutou todas acusações dos descontentes, afirmando tratar-se de boatos engendrados por indivíduos de má fé que pretendem, a todo custo, denegrir a imagem do seu estabelecimento de ensino.

Todos casos que relacionados com as actividades da nossa instituição são tratados nos encontros do respectivo Conselho Universitário, aos quais têm participado grande parte dos docentes, e a questão em causa nunca foi apresentada. Disse o vice-reitor, anotando, entretanto, que procurará investigar a verdadeira origem do apregoado clima de desconforto .

Solicitado pela nossa reportagem para exibir a documentação contratual do funcionário egípcio, o nosso interlocutor respondeu-nos que o momento não se apresentava oportuno para o efeito.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!