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Diname promove edição de obras de autores

Os escritores baseados na cidade de Nampula e inscritos no núcleo provincial da sua classe, um organismo que aparenta estar a funcionar plenamente, podem esfregar as mãos de satisfação, sobretudo aqueles que têm em seu poder propostas para a produção de um livro para o consumo dos amantes da literatura e que enfrentam dificuldades para a materialização do seu sonho.

Pois que a DINAME, distribuidora nacional de material escolar, através do respectivo director geral Assane Sufiane, garantiu publicamente que vai chancelar a publicação de obras literárias de autores baseados na capital do norte, como forma de contribuir para a diversificação das fontes de saber. Assane Sufiane convidou a todos os interessados no sentido de enviarem as suas propostas de publicação à sua instituição para a triagem destinada a apurar os níveis de qualidade para eventual edição.

A promessa foi feita, na segundafeira, na cerimónia de lançamento do livro “Filosofia em África ou Filosofia Africana”, através do qual os seus autores, Florêncio dos Anjos António e João Baptista, pretendem, entre outros propósitos, demonstrar que a essência do sistema democrático não é inédita no contexto das sociedades africanas. Sustentando a sua tese, referiram que “basta olhar para a forma como os lÍderes tribais e das comunidades, entre outros, são escolhidos, facto que, por si só, é imbuído de acentuado sinónimo de democracia e que ainda prevalece na actualidade.

Foi com estas considerações que iniciou a cerimónia de lançamento da obra literária com o titulo Filosofia Africana ou Filosofia em Africa, de autoria dos académicos Florêncio dos Anjos António e do Padre João Baptista, que teve lugar na delegação de Nampula da Universidade Católica de Moçambique.

Os autores da obra, cuja publicação contou com o apoio da Diname – Distribuidora Nacional de Material Escolar, pretendem promover debates em torno da origem da democracia e das diferenças entre os sistemas democráticos adoptados pelas nações africanas, europeias e americanas, estas últimas tidas como pioneiras. Inácio Tarcisio, docente de filosofia na Universidade Pedagógica, ao fazer a apresentação da referida obra, sublinhou que o maior debate que se pode fazer hoje em torno da filosofia em África consiste na análisa profunda da génese do homem africano, tido como um ser humano irracional.

Florêncio dos Anjos António, coautor da obra, referiu na sua dissertação que a formação da personalidade humana é um dos objectivos da filosofia. No entanto, exaltou a iniciativa das autoridades governamentais em relação ao selo “Made In Mozambique”, que, na sua análise, é uma manifestação de interesse em resgatar a identidade africana e descobrir o que a actual geração merece em termos de bem servir.

Por seu turno, o Padre João Baptista, observou que a obra de que é co-autor não é dirigida exclusivamente para algumas elites ou pequenos grupos de pessoas, mas, sim, para ser lida por todas as pessoas independemente da sua raça.

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