Diamantino Miranda partiu na noite deste sábado (12) para Portugal O treinador português entrou na sala de embarque em Maputo quando eram por volta das 22h15 deste sábado (12), 30 minutos antes da hora marcada para o voo com destino à Lisboa, Portugal, sua terra natal. Diamantino Miranda encerrou assim, de forma triste, um ciclo de dois anos em Moçambique como treinador de futebol.
Antes da sua partida, Diamantino Miranda voltou a pedir desculpas ao povo moçambicano e, sobretudo, aos que se sentiram ofendidos pelas suas declarações gravadas em fórum privado, numa discussão acesa e fomentada por dois jornalistas moçambicanos, nomeadamente Efraime Macitela da Rádio de Moçambique e Victorino Xavier da Sociedade Notícias.
“Quero, novamente, voltar a pedir desculpas a todos os moçambicanos. Vou à minha terra e levo-vos convosco na imensidão do meu coração. Nutro um carinho muito especial por este país e consideração pelas suas pessoas. Fui duro nas palavras, confesso. Mas não esperava que tudo fosse terminar desta forma” proferiu Diamantino Miranda.
Embalado num choro de quem parte de um lugar de forma prematura, aquele treinador, que esteve dois anos ao serviço do Costa do Sol, explicou que “realmente tive uma discussão acesa com uma pessoa, que só tempo depois me apercebi que era um jornalista. Ele provocou-me. Infelizmente não publicou toda a conversa para que se possa perceber de onde tudo partiu. Ademais foi uma gravação sem o meu consentimento”.
“Exaltei-me, é um facto. Mas espero, com toda honestidade, que a verdade venha ao de cima e que as pessoas percebam realmente o que se passou, sobretudo das provocações de que fui alvo. Por outro lado, quero um dia regressar para este país e servir o desporto moçambicano como fiz nestes anos. Em Moçambique há muito talento que precisa ser trabalhado para vingar” completou, visivelmente emocionado.
De referir que a licença de trabalho em Moçambique de Diamantino Miranda foi revogada pelo Ministério do Trabalho mesmo sem ter ouvido o visado. Pesou, para o efeito, tão-somente a gravação feita pelos jornalistas dos dois órgãos públicos de informação.
