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Diálogo político: Renamo aguarda pela resposta à carta submetida ao Presidente da República

A continuidade do diálogo político entre o Governo e a Renamo, interrompido há cerca de dois meses, está refém da resposta à carta submetida pela “Perdiz” ao Presidente da República, Armando Guebuza, na última sexta-feira, na qual solicitava a designação de mediadores e facilitadores.

Segundo o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiana, que falava estava segunda-feira à imprensa, uma vez conseguida a resposta por parte do Presidente da República, a Renamo estará disponível a encontrar-se com o Governo a qualquer momento. “Mesmo hoje, se nos responderem, podemos encontrar-nos com o Governo”, garantiu, acrescentando que o seu partido propôs na carta um encontro para próxima quarta e sexta-feira”

Esta posição da “Perdiz” é manifestada uma semana depois de ter apresentado os termos de referência sobre a presença de facilitadores no diálogo. Desde meados de Outubro, a delegação da Renamo vem condicionando o diálogo à presença de facilitadores nacionais e internacionais. No entanto, depois de muita renitência o Governo acabou aceitando a participação somente de facilitadores nacionais no diálogo, até aqui bipolar.

Renamo está sempre a mudar de discurso

Por seu turno, a delegação do Governo, que mais uma vez se fez presente no Centro de Conferência Joaquim Chissano, acusou a Renamo de estar constantemente a mudar de discurso ao exigir facilitadores num momento e noutro mediadores, facto este que está a dificultar a percepção das suas reais intenções.

“A Renamo primeiro exigia a presença de facilitadores nacionais e observadores internacionais, agora está a exigir a presença de mediadores”, disse Pacheco, chefe da delegação do Governo, que considera que a postura da Renamo revela que está a abandonar o diálogo, pois, depois da troca de correspondência entre as duas partes, não se contava que continuasse a não se fazer presente ao diálogo.

José Pacheco acusou ainda a Renamo de pretender reduzir o diálogo a uma troca de correspondências e recordou que “diálogo é falar, não é escrever”. “Nós aceitamos a participação de facilitadores nacionais, que devem desempenhar o papel de observadores. As modalidades de participação destes devem ser estabelecidas à mesa do diálogo, que é o Centro de Conferências Joaquim Chissano”.

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