Acompanhado de um contigente policial e dos agentes da sua segurança pessoal, Afonso Dhlakama, líder da Renamo, deslocou-se, quarta-feira, à Direcção de Identificaçao Civil de Nampula com o propósito de requerer o novo bilhete biométrico, no contexto das novas exigências de globalização.
Segundo fonte da Direcção de Identificação Civil, Dhlakama chegou àquela instituição subordinada ao Ministério do Interior, onde permaneu cerca de 30 minutos no local num ambiente considerado normal e de pouca agitação.
De referir que, por se tratar de uma personalidade destacada na arena política nacional, ao visado foi reservado o direito de não aguardar na bicha, o acesso à senha de presença, mas terá que permanecer mais de 30 dias à espera do seu novo documento de identificação pessoal.
Em entrevista a este matutino, Dhlakama, natural de Chibabava, província central de Sofala, explicou que decidiu tratar da obtenção do novo modelo de Bilhete de Identificação em Nampula porque é aqui onde reside desde 24 de Janeiro de 2009.
E afirmou-se consciente de que os atrasos que, presentemente, se registam na emissão do referido documento decorrem das graves anomalias em que o país está mergulhado.
Recorde-se que, em Moçambique, o Bilhete de Identidade biométrico foi introduzido à luz do Decreto 11/2008, de 29 de Abril. Ao nível da província de Nampula, o processo arrancou em 21 de Outubro de 2009.
O governo reconhece a morosidade que se verifica na emissão dos mesmos, mas defende que o facto deve-se à sua enorme procura, para além dos respectivos serviços confrontarem-se com constantes avarias dos equipamentos, o que faz com que o requerente fique, por vezes, cerca de dois meses à espera, ao invés de duas semanas estabelecidas anteriormente.
