Dezenas de milhares de manifestantes pró-democracia saíram às ruas de Hong Kong nesta terça-feira, muitos pedindo a destituição do líder da cidade, no que pode ter sido o maior e mais entusiástico desafio ao governo do Partido Comunista Chinês em mais de uma década.
O executivo-chefe de Hong Kong, Leung Chun-ying, disse que seu governo iria “fazer o máximo” para seguir no rumo do sufrágio universal e enfatizou a necessidade de estabilidade, depois que quase 800.000 pessoas votaram a favor da plena democracia em um referendo não oficial.
A polícia arrastou vários manifestantes quando multidões forçavam a passagem contra barricadas. Autoridades policiais criticaram depois os organizadores do protesto anual, geralmente pacífico, alertando que podem ser adotadas medidas legais por eles terem ignorado as instruções da polícia.
Ativistas da Liga dos Social-Democratas queimaram uma cópia de um “Livro Branco”, lançado por Pequim no mês passado, que reafirmava a autoridade do governo central sobre a ex-colônia britânica. O grupo também queimou um retrato de Leung.
“Esta pode ser a última chance de fazer as nossas vozes serem ouvidas”, disse no final da marcha Lam Sui-pan, de 22 anos, um ativista pró-direitos humanos. Veterano dos últimos cinco protestos, ele afirmou que nunca tinha visto uma afluência tão grande. “Isso demonstra a nossa determinação para uma democracia plena.”