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Devido a crise financeira: antiga CIFEL volta a fechar

A fábrica de produção de aço, a antiga Companhia Siderúrgica de Moçambique (CIFEL), inaugurada em Abril de 2008 pela transnacional ArcelorMittal encerrou as suas portas devido a crise financeira internacional, lançando para o desemprego cerca de 90 pessoas. 

Esta informação foi revelada, em Maputo, pelo Director Nacional da Indústria, Sidónio dos Santos, que sublinhou que o baixo preço de varões para construção e do aço no mercado internacional é que ditou o encerramento daquela unidade fabril. “A antiga CIFEL está novamente paralisada devido à crise financeira internacional.

A questão aqui é que a fábrica produzia varões para construção e aço. Devido a crise, o preço de venda destes produtos baixou no mercado internacional tornando a produção não rentável. Os custos de produção são elevados e o preço não compensa”, explicou a fonte. A CIFEL, que funcionava na cidade de Maputo, esteve paralisada nos últimos 10 anos e, em 2007, foi adquirida pela ArcelorMittal, que investiu 11 milhões de Dólares Norte-americanos (USD).

Actualmente a fábrica produz diferentes tipos de aço e ferro para a construção civil. Informações apuradas pela AIM referem que a fábrica estava preparada para produzir 35 mil toneladas de aço e varões de ferro de 8 até 12 milímetros, para a construção civil por ano, que era comercializada no país e na África do Sul, sobretudo. A crise financeira afectou igualmente a construção da fábrica de aço da ArcelorMittal, em Beluluane, distrito de Boane, na província de Maputo.

Trata-se de um investimento de 40 milhões de dólares norte-americanos (USD), que deverá criar 200 postos de trabalho, após a sua conclusão. Sidónio sublinhou que a ArcelorMittal suspendeu temporariamente a construção desta fundição de aço cuja primeira pedra para a sua edificação foi lançada em Março de 2008, até que a situação financeira global seja superada. “Esta seria a maior fábrica do país e da África Austral, mas está condicionada a superação da crise.

O proprietário do  projecto condicionou a sua realização até que a crise abrande porque o grupo foi muito afectado pela crise”, sublinhou. As obras de construção da fábrica deveriam retomar a partir de meados do presente ano, o que não aconteceu e nem sequer se vislumbra a possibilidade das mesmas reiniciarem durante os poucos meses que restam para o fim de 2009.

A fábrica foi projectada quando já tinha mercados garantidos nos Estados Unidos da América, China e países do Médio Oriente, uma situação que veio a se alterar devido a fraca procura de produtos de aço aliada a crise financeira mundial. Este empreendimento deveria produzir numa primeira fase 30 mil toneladas de aço por ano para depois atingir uma capacidade de 200 mil toneladas/ano.

A ArcelorMittal, considerada a maior companhia da indústria do aço ao nível mundial, conta com cerca de 320 mil trabalhadores em mais de 60 países, tendo a sua sede no Luxemburgo. A firma, que trabalha tanto no mercado de automóveis, construção, fornecimento de matérias-primas, entre outros, controla dez por cento da produção mundial de aço e tem instalações em 27 países da Europa, Ásia, África e América. A siderúrgica presidida pelo magnata Lakshmi Mittal é fruto da recente fusão entre a Arcelor e a Mittal Steel.

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