Dois indivíduos estão a ver o sol aos quadradinhos nas celas da 1ª esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, desde segunda-feira (13), acusados envolvimentos na falsificação de atestados de trabalhos para o beneplácito de cidadãos estrangeiros no território moçambicano.
Os visados receberam em troca oito mil meticais, contra os três salários mínimos cobrados pelo sector do Trabalho para efeitos de tramitação dos documentos em causa, os quais anuem a afectação de estrangeiros em alguma área de actividade e sua permanência em Moçambique.
A detenção dos dois cidadãos foi possível mercê duma denúncia de populares, o que resultou numa operação desencadeada por uma equipa da Inspecção do Trabalho, dos Serviços Provinciais de Migração em Nampula e da PRM. A contrafacção era feita com recurso a um sistema informático numa empresa de prestação de serviços denominada MSI Solution em Nampula.
Um dos integrantes dos falsários responde pelo nome de Dércio Carneiro, confessou o seu envolvimento no crime e justificou que era aliciado com dinheiro pelos estrangeiros. Arménio Vasco, inspector provincial do Trabalho em Nampula, disse que visados foram encontrados na posse de 10 atestados de trabalhos falsos destinados às empresas Ismail Agro Indústrias, Import & Export, e Abdulher Abdallahannkumwa, cujos proprietários são cidadãos de origem asiática. Devido a este cenário, o sector do Trabalho em Nampula rescindiu dois contratos de igual número de tanzanianos por uso de documentos falsos em causa.
