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Despedimentos de trabalhadores pode debilitar as empresas

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), criticou severamente as empresas que estão a despedir massivamente os seus trabalhadores como forma de minimizar os efeitos da crise financeira internacional que assola o mundo, afirmando que os despedimentos podem piorar os efeitos da mesma no seio das empresas, pois estas poderão ficar enfraquecidas minando assim a possibilidade de relançamento económico e financeiro.

A constatação saiu da 304ª Sessão do Conselho de Administração da OIT, que terminou no último fim de semana na capital da Suíça, Genebra, cujo objectivo era analisar a actual crise económica internacional e o seu impacto sócio-laboral.

Entretanto, a Ministra moçambicana do Trabalho, Maria Helena Taipo que esteve presente no encontro em representação da região da SADC instou os países para que tomem em consideração os erros do passado para de forma consciente, perspectivar as acções futuras, uma vez que a fase actual exige uma outra abordagem, sobretudo colocando todos os actores do sector sócio-laboral e económico como agentes activos e não como meros espectadores.

“No passado recente fomos arrogantes e impusémos modelos impróprios no mercado do trabalho e económico-financeiro, o momento actual é de reciprocidade e não de dependência, porque ” os ganhos quanto o empregador”.

Os participantes chamaram a atenção para o facto de muitos empregadores estarem a se aproveitar da presente crise internacional para infligir regras do mercado de trabalho, despedindo trabalhadores de forma irresponsável e com impactos graves do ponto de vista económico e social, inclusive enfraquecendo os Estados na sua programação.

A governante moçambicana sublinhou ainda que o momento exige mais humildade, abertura e coordenação de acções, porque “ muito tem-se dito sobre a origem da actual crise, mas pouco tem-se falado sobre o seu impacto no campo político e sócio-económico, em particular no mercado de trabalho, nas economias africanas e, sobretudo, da região sub-sahariana”.

Esta constatação foi secundada pela sua homóloga do Egipto, e membro do painel, Amina Aisha, que alertou aos países e aos empregadores para não colocarem a mão-de-obra de lado na busca de soluções para a crise financeira económica que o mundo está a enfrentar.

A Ministra moçambicana do Trabalho, disse no encontro que o Governo moçambicano criou um Grupo interministerial de seguimento do impacto da crise financeira mundial, encarregue de identificar os principais sectores de risco, potenciais áreas de intervenção, sectores de intervenção em que o país detenha vantagens comparativas, para além de identificar as principais variáveis macro-económicas a monitorar.

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