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Desnutrição é um problema grave em Moçambique

A desnutrição, ou seja, a insuficiência de determinados nutrientes vitais na dieta de um ser humano e que asseguram o seu crescimento saudável e outras funções do corpo ainda é um problema sério no território moçambicano, mormente nas zonas rurais, onde a situação é considerada crónica. Milhares de crianças, menores de cinco anos de idade, morrem, anualmente, no país, por causa desta doença.

Marla Amaro, chefe do Departamento de Nutrição no Ministério da Saúde (MISAU), disse que perto de 69 porcento de menores de cinco anos sofrem de anemia, igual número padece de insuficiência de vitamina A e 68 porcento petizes, de seis a 12 anos de idade, não têm iodo no organismo. Segundo o MISAU, no campo, 46 porcento de petizes são malnutridas, contra 35 porcento das zonas urbanas.

A região norte de Moçambique, particularmente as províncias de Nampula e de Cabo Delgado, apresenta taxas mais altas de desnutrição crónica, com 55 e 52 porcento, respectivamente. Dados contidos num Estudo Demográfico de Saúde realizado em 2011 revelam que 43 porcento de menores de cinco anos de idade sofrem de desnutrição crónica, ou seja, as suas idades não são proporcionais às suas alturas e pesos.

Seis porcento sofrem de desnutrição aguda. As autoridades indicam que a baixa altura em relação ao peso de uma menor surge no período entre a gravidez e os dois anos de vida.

Despois desta idade, dificilmente a criança regista um desenvolvimento normal em termos de saúde. Para além de aumentar a taxa de mortalidade na primeira infância, a desnutrição crónica, por exemplo, diminui a capacidade física e cognitiva dos petizes, gera baixa produtividade na sua idade adulta, o que afecta, pelo resto de suas vidas, os seus esforços de desenvolver o país.

Marla Amaro explicou, também, que 14 porcento de crianças nasceram com um peso abaixo de 2.5 quilogramas, o que compromete a vida das mesmas. Por conseguinte, os adultos que sofrem do mesmo problema têm cinco centímetros a menos de altura em relação aos adultos que nasceram com um peso normal, o que significa que a desnutrição crónica ou a baixa estatura é causada pela insuficiência de nutrientes tanto na mãe antes e durante a gravidez e na lactação.

O petiz pode igualmente apresentar a mesma anomalia nos primeiros dois anos de vida: metade da falha no crescimento ainda dentro do útero e outra após o nascimento. Para combater este mal, o Governo e os seus parceiros estão a implementar o Plano de Acção Multissectorial para a Redução da Desnutrição Crónica (PAMRDC) 2011-2015, cujo objectivo é acelerar a redução deste problema nas crianças de cinco anos de idade, de 44 porcento, em 2008, para 30 porcento, em 2015, e 20 porcento, em 2020.

 

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