Os jovens moçambicanos são chamados a deixar o seu legado no desenvolvimento de Moçambique.
Este apelo foi lançado esta segundafeira, na capital moçambicana, Maputo, pela Esposa do Presidente da República, Maria da Luz Guebuza, durante o encontro que manteve com os jovens da cidade de Maputo, bem como com os antigos combatentes da luta de libertação de Moçambique.
Na ocasião, Maria da Luz Guebuza disse que os combatentes são o pilar do país, que deram o seu contributo para a libertação de Moçambique, mas que agora é a vez dos jovens assumirem os destinos do país.
No seu discurso, Maria da Luz Guebuza sublinhou que desenvolver um país não é tarefa fácil, pois requer trabalho árduo e entrega de todos.
“Desenvolver um país, meus filhos, significa sacrifício, trabalho árduo. Não devemos fazer de contas que estamos a trabalhar. Só com trabalho árduo podemos mudar a situação de pobreza, acabar com a fome no país”, considerou.
A Primeira Dama referiu que Moçambique é dos moçambicanos e que ninguém virá de fora para desenvolver o país.
“Este país é nosso. Quem vai desenvolver o nosso país somos nós, ninguém virá de fora para desenvolver o nosso Moçambique”, defendeu Maria da Luz Guebuza.
Ela realçou que “ontem os combatentes pegaram em armas e lutaram pela nossa independência. Eles cumpriram uma missão nobre. Agora os jovens têm a missão de acabar com a pobreza no país”.
Segundo ela, uma das formas dos jovens contribuírem para o desenvolvimento do país é levando a sério os estudos e o trabalho.
“Se for estudante, o jovem deve contribuir para o desenvolvimento tendo bom aproveitamento, porque estar na escola é um investimento que o Estado faz. O Estado paga professores, funcionários das escolas, energia e outras despesas para que os jovens estudem em boas condições. A forma de valorizar este investimento é levar a sério os estudos”, disse.
Maria da Luz Guebuza chamou a atenção para a necessidade de evitar reprovações, porque os que reprovam fecham o lugar para aqueles que poderiam ocupar a vaga.
“Temos muitas crianças que continuam sem estudar por causa do mau aproveitamento dos jovens”, explicou. Por sua vez, alguns combatentes disseram, na ocasião, que os jovens devem pautar por uma conduta exemplar, distante dos vários vícios, como drogas e bebidas alcoólicas. “É na juventude onde o país vai buscar quadros e onde reside a esperança da defesa da soberania de Moçambique, bem como da unidade nacional”.
Os jovens, por seu turno, consideram que os antigos combatentes devem se transformar em “novos combatentes” pelo desenvolvimento de Moçambique. Para eles, a missão de um homem não termina enquanto estiver vivo.
Por outro lado, os jovens queixaram-se da falta de oportunidades para poderem dar o seu contributo efectivo para o desenvolvimento do país.
Em relação ao desemprego, os jovens pedem que sejam criadas condições reais e efectivas para que eles possam criar o seu próprio emprego, o que se faz com recursos.
“Os jovens fazem as coisas e muito bem. Mas há falta de oportunidade. Dêem oportunidade aos jovens, que eles hão-de mostrar seu empenho”, defendeu Smath Samo, jovem presente no evento.
Para os mesmos, enquanto não houver oportunidades para os jovens estudarem e terem emprego, o país vai continuar a se queixar da criminalidade.
O encontro decorreu por ocasião da visita de trabalho da Primeira Dama a Cidade de Maputo, iniciada hoje.