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Desconhecidos desaparecem com cadáveres exumados num cemitério em Tete

Nove campas de crianças com menos de cinco anos de idade e de alguns adultos foram reviradas, os caixões desterrados e os corpos roubados por pessoas até ao fecho desta edição não identificadas pelas autoridades locais e policiais, numa comunidade na cidade de Tete, província com o mesmo nome.

O caso, ocorrido num cemitério reservado na unidade comunal de Chimadzi, no bairro Mateus Sansão Muthemba, deixou as famílias cujos restos mortais dos seus ente queridos desapareceram indignadas e foi despoletado na manhã do último sábado (13).

A comunidade não só ficou estupefacta, como também não acreditava que pessoas aparentemente sensatas tenham deliberado interromper o descaso – que se pretendia que fosse eterno – de um cadáver.

As primeiras famílias confrontadas com a situação, na manhã daquele dia, entraram em pânico e alertam a quem ainda não tinha percebido que o seu ente querido já não se encontrava na sepultura que lhe tinha sido reservado para, quiçá, de quando em vez ter direito a visitas.

Os presumíveis profanadores de campas levaram consigo os cadáveres e deixaram no local alguns os caixões e as roupas dos malogrados. Ninguém tem ideia do que tal ocorrência significa, mas especulações da população sugerem que os corpos tenham sido exumados a mando de certos médicos tradicionais para a extracção de órgãos, incluindo genitais, para determinados tratamentos relacionado com a magia negra.

A primeira esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) tomou conhecimento e das diligências que fez foi possível privar a liberdade de um coveiro que responde pelo nome de João Tenguene Buino, de 47 anos de idade.

A Polícia, através da sua porta-voz Lurdes Ferreira, disse a jornalistas que ainda não dispunha de informações pormenorizadas sobre a situação.

Contudo, acredita-se que João Buino tenha facilitado a exumação dos corpos em alusão e pode estar em articulação com os mentores do caso, considerado uma autêntica desonra aos mortos.

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