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Descartado adiamento das eleições autárquicas

O Governo descarta a possibilidade de adiar as eleições autárquicas de 20 de Novembro próximo apesar de o diálogo que vem mantendo com a Renamo, e que já vai na décima sétima ronda, não ter produzido resultados até agora. Este pronunciamento veio aumentar a tensão política que se vive no país uma vez que o partido Renamo, para além de não participar no pleito, prometeu inviabilizá-lo caso a actual legislação eleitoral não fosse revista.

De acordo com José Pacheco, ministro da Agricultura e chefe da delegação do Governo no diálogo, que falava após o término da décima sétima ronda, independentemente da vontade da Renamo, as eleições autárquicas terão lugar nas datas previstas. É que a Reanmo exige que o Governo aceite os pontos que até o momento constituem o pomo da discórdia, nomeadamente a paridade na composição dos órgãos eleitorais, mormente a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).

Para Pacheco, “Moçambique não pode ser hipotecado a cidadãos que não querem olhar para a realidade moçambicana de forma construtiva. A Renamo não pode ditar ao Governo para concordar ou não com as suas iniciativas. Isto revela falta de seriedade”, disse Pacheco.

“Agora a Renamo disse que o Governo devia fazer uma viragem e concordar com os três pontos sobre os quais até agora temos discordado e discordarmos com os 16 pontos com as quais concordamos e nós dissemos que no mínimo ela não está a ser séria. (…) A Renamo acha que o Governo tem que adoptar de forma incondicional as suas propostas esquecendo que os problemas não se resolvem violando as leis”, disse o chefe da delegação do Governo.

Renamo chama Governo de incoerente

Face a este impasse, a Renamo considera que se o Governo tem a consciência de que de facto não é nos órgãos eleitorais onde se ganham as eleições, tal como diz, “devia aceitar a nossa proposta de haver paridade na composição dos órgãos eleitorais uma vez que tal garantiria que os partidos políticos participassem em pleitos eleitorais em pé de igualdade”.

Entretanto, as duas equipas dizem-se dispostas a prolongar o debate até que se alcance um consenso sobre as matérias em discussão.

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