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Desactivados “semeadores” de terror no curso nocturno nas escolas de Xai-Xai

Três jovens estão a contas com a Polícia da República de Moçambique na cidade de Xai-Xai, indiciados de protagonizarem ambiente de terror nas unidades de ensino que leccionam o curso nocturno naquela urbe.

Os indiciados, identificados apenas por Lucas, Estêvão e Moisés, são igualmente indiciados de serem autores de casos de assalto e esfaqueamento de cidadãos honestos nas vias públicas da cidade de Xai-Xai.

Com recurso a objectos contundentes, a exemplo de catanas e ferros, as sua  vítimas preferidas eram mulheres e estudantes do curso nocturno, segundo revelou, Terça-feira (14), o director da ordem no comando provincial da PRM em Gaza, José Roberto.

Disse tratar-se de um grupo que “era procurado pela polícia, há bastante tempo”, na sequência do seu envolvimento em vários crimes,  maioritariamente protagonizados na via pública, na capital provincial de Gaza.

Roberto fez saber, a título de exemplo, que “o grupo de malfeitores actualmente detido” introduziu-se, na quinta-feira, numa das salas de aula do curso nocturno, na escola primária completa de Macamba Cuini, posto administrativo da Praia de Xai-Xai.

“Introduziram-se naquela escola e ameaçaram de agressão a qualquer aluno que se recusassem a ceder-lhes os seus telemóveis, entre outros bens”, segundo Roberto, para depois explicar que antes de escalarem a referida unidade de ensino, aquele grupo passou por um quiosque, onde abusaram do álcool, supostamente com o objectivo de mais tarde ir protagonizar distúrbios na escola.

“Quando se fizeram na sala de aula adentro, além de exigir telemóveis nas alunas, agrediram os rapazes, alegando casos passionais e paralisaram as aulas durante 45 minutos. Face ao sucedido, o director da escola telefonou para a nossa unidade policial a pedir socorro e quando chegamos ao local os criminosos haviam desaparecido, mas como a polícia tinha já as pistas sobre o seu esconderijo, fez buscas e neste momento os indiciados estão nas celas”, explicou Roberto.

Em contacto com o Diário de Moçambique, um dos indiciados confessou o seu envolvimento nos crimes que pesam sobre si e explicou que, para o cometimento daqueles males, foi movido pelas drogas e álcool.

“Não foi por minha e livre vontade cometer aqueles crimes, pois em quase todos os casos em que participei estive em estado de embriaguez. No último dia em que entramos numa das salas de aula, não me lembro de ter agredido alunos. Apenas invadimos a sala de aula e nesse dia estive embriagado, estou arrependido”, disse Lucas, um dos indiciados nos casos de agressão a mulheres e estudantes do curso nocturno em algumas escolas da cidade de Xai-Xai.

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